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Escrito por: Outros

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Luto e Nojo

20 de Agosto de 2014

Por Raimundo Suzart, coordenador da Fetquim-SP e presidente do Sindicato dos Químicos do ABC Nojo significa luto, tristeza, pesar. Mas também...

Raimundo Suzart 2Por Raimundo Suzart, coordenador da Fetquim-SP e presidente do Sindicato dos Químicos do ABC

Nojo significa luto, tristeza, pesar. Mas também expressa repulsa a algo extremamente desagradável, asqueroso. Utilizo Nojo para expressar neste momento a imensa tristeza e Luto pela morte prematura do líder socialista Eduardo Campos, companheiro de muitas batalhas do Partido dos Trabalhadores, de Lula e de Dilma. Ex-ministro do primeiro, contribuiu com inteligência e dedicação para o sucesso do projeto político que vem mudando o Brasil desde 2003 com a posse e a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.

Fiel escudeiro de Lula e de Dilma em seu estado, Pernambuco, ajudou a combater de frente o conservadorismo dos coronéis do Nordeste e dos banqueiros e industriais paulistas, tendo optado pela carreira solo apenas recentemente, ao lado de Marina Silva, também ela ex-ministra de Lula, fundadora do PT como ele, que enfrentou os madeireiros do Acre ao lado do sindicalista da CUT Chico Mendes.

São essas linhas que não se leem nos jornais escritos nem se escutam nos telejornais dos quais tenho nojo. Nojo de repulsa e de asco, pela forma como manipulam a notícia de acordo aos interesses de seus patrões e patrocinadores. Nojo pelo desrespeito para com os sentimentos de luto da família de Eduardo e dos demais falecidos neste trágico acidente, que tinham seus restos mortais ainda sendo coletados quando a Folha de São Paulo já propagandeava o nome de Marina como a sua substituta na candidatura presidencial.

Folha e Globo parecem que agem como partidos políticos à serviço da elite opositora, tentando emplacar Marina nas pesquisas e tirar proveito da comoção do público. A serviço das elites, exploram um morto que nem havia sido enterrado desde que isso lhes seja útil na guerra que travam contra Dilma e o PT de Lula.

Nomearam Marina. Não porque gostem dela, mas porque acreditam que ela pode pôr um fim aos governos que deram dignidade e emprego a milhões de brasileiros, entre os quais os químicos, que fizeram parte da elite sentir-se menos importante ao ter que compartilhar bens e serviços que julgavam, antes, como de uso exclusivo. Depois se livram dela. Pobre Marina.