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5 de outubro - Dia de conscientização dos riscos da exposição ao Benzeno

04 de Outubro de 2016

Saúde

Bancada dos Trabalhadores na Comissão Nacional Permanente do Benzeno anualmente promove panfletagem no setor petroquímico e siderúrgico

Neste 5 de outubro, como já é tradição, a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) preparou uma publicação que será distribuído por várias entidades sindicais aos trabalhadores e trabalhadoras em empresas em que a substância está presente, em especial o setor petroquímico e siderúrgico, para marcar o Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno, a Bancada dos Trabalhadores.

A publicação deste ano aborda o que é o benzenismo, suas consequências e o importante Acordo Tripartite do Benzeno, assinado em 1995 e responsável por mudanças significativas nas condições de exposição à substância nas empresas, impedindo a morte de trabalhadores(as).

O material trata também do recente anexo dois da NR-9, que trata especificamente da segurança e saúde nos postos de combustíveis. Num período de seis a quinze anos, todos os 39 mil postos de combustíveis do país terão que instalar junto às bombas de gasolina sistema de recuperação de vapores. A determinação consta na portaria 1.109 do Ministério do Trabalho publicada no dia 22 de setembro no Diário Oficial da União. A portaria inclui na Norma Regulamentadora 9, que trata de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o anexo II sobre exposição ocupacional ao benzeno em postos revendedores de combustíveis. Essa é uma grande vitória dos trabalhadores que lutam para melhorar as condições de segurança e saúde no ambiente laboral.

A CNQ na história do combate à exposição ao benzeno

Desde meados da década de 80, a Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ/CUT) participou das ações e integrou as discussões que resultaram no Acordo Nacional do Benzeno, em setembro de 1995.

“Tivemos fortes ações sindicais quando foi desvendada a chamada epidemia de benzenismo na Companhia Siderúrgica Paulista - a COSIPA -, em Cubatão. A partir de então, pela grande repercussão nacional dos fatos, novos casos foram surgindo, onde o agente cancerígeno estava presente no processo produtivo, nas refinarias de petróleo, petroquímicas e indústrias químicas, setores que fazem parte da nossa representação”, conta o secretário de saúde do trabalhador da CNQ, Antonio Goulart (foto).

A partir do Acordo, em 1995, a CNQ passa a integrar a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), que é um fórum tripartite de discussão, negociação e acompanhamento desse Acordo.

“A Confederação tem se pautado em defender o cumprimento do Acordo de forma que os trabalhadores, em seus respectivos meio ambientes de trabalho, estejam protegidos da melhor maneira possível. Defendemos áreas de trabalho controladas e mais seguras, os sistemáticos monitoramentos biológicos e ambientais, pois estamos tratando de um agente cancerígeno para o qual não existe limite seguro de exposição”, explica Antonio.

Para ler e obter o download da publicação clique AQUI