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Petrobras chama PM para reprimir trabalhadores na Bahia

18 de Novembro de 2011

Geral

No segundo dia de greve dos trabalhadores petroleiros na Bahia, o clima ficou tenso no Conjunto Pituba. Por volta das 8h30, a direção de Petrobrás...

No segundo dia de greve dos trabalhadores petroleiros na Bahia, o clima ficou tenso no Conjunto Pituba. Por volta das 8h30, a direção de Petrobrás chamou a Polícia Militar que empurrou e agrediu dois sindicalistas. Um deles já fez o exame de corpo delito e prestou queixa na 16ª Delegacia, na Pituba. O Sindipetro-BA acionou o seu setor jurídico para adotar as devidas providências.   

De acordo com as informações do Sindipetro-BA, nas outras unidades como Rlam e Transpetro, Alagoinhas, Pojuca, Araçás e Fafen, a greve continua sem maiores problemas. Essas unidades estão funcionando com o efetivo mínimo na operação e o administrativo já retornou para suas residências.  

O Sindipetro reafirma que mesmo a greve sendo com redução da produção, não vai faltar gás doméstico para a população. Em campanha salarial desde setembro, a Petrobrás só concordou em antecipar a inflação dos últimos 12 meses (7,23%). Os trabalhadores reivindicam 10% de ganho real, condições dignas de saúde e segurança, aumento de efetivos, melhoria nos benefícios, igualdade de direitos para combater a precarização do trabalho terceirizado e fim das práticas antissindicais. A empresa não apontou qualquer disposição política em alterar suas diretrizes de segurança e descartou em mesa toda a pauta da categoria referente à terceirização.

O eixo principal desta campanha reivindicatória é a defesa da vida, cujo tema é “A vida, sim, é a nossa energia – Exploração, só de petróleo”. Só em 2010, 15 trabalhadores já morreram em acidentes na Petrobrás. No mês de agosto, foram oito vítimas, num total de 309 desde 1995. Quatro dessas vítimas eram trabalhadores petroleiros baianos. Um número alarmante que reflete a insegurança crônica na qual vivem os trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias, principalmente os terceirizados, que são as maiores vítimas de acidentes na empresa.

Mais informações com o coordenador do Sindipetro-BA, Paulo César Chamadoiro, telefone             21 9124-0589      , os diretores de imprensa, Leonardo Urpia, telefone             71 8785-3107       e Christian Pereira            71 9953-3490       e 8622-5757 e Cedro Silva 8882-2895