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Mais de cinco mil mulheres marcham na Paulista neste 8 de Março

08 de Março de 2015

Mulheres

Mulheres do Ramo Químico da CUT marcaram presença no ato que este ano pautou também a Reforma Política e garantia de abastecimento de ÁGUA

Apesar da chuva, a avenida paulista ficou lilás neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Cerca de 5 mil pessoas, de acordo com os organizadores, compareceram ao ato, que teve início em frente ao prédio da Gazeta, seguindo em marcha até a Praça Roosevelt. 

Neste ano, em São Paulo, além das bandeiras históricas das mulheres como igualdade salarial, fim da violência doméstica, políticas de combate às desigualdades de gênero e legalização do aborto, a ÁGUA entrou na pauta: a marcha cobrou medidas do governador Alckmin para que se garanta o abastecimento de água, em especial à população mais pobre, que vem sofrendo há meses com a crise de abastecimento.

Outros temas, como o conservadorismo do atual congresso, a necessidade da Reforma Política e da Defesa da Petrobras também estiveram presente, reforçando a convocação para a manifestação do próximo dia 13 de março, nas capitais.

A Marcha Mundial das Mulheres também aponta que os direitos das mulheres estão ameaçados por um “congresso conservador, bancada fundamentalista, grande mídia, cultura patriarcalista, racista e machista”.

 “Sem água, creches, escolas e postos de saúde serão fechados, empregos serão perdidos, agravando ainda mais a dura vida das mulheres. As cidades estão distantes de oferecerem condições e oportunidades iguais aos seus habitantes. As Mulheres Sem Teto, em sua maioria, estão privadas ou limitadas em seus direitos em virtude de sua situação de pobreza e violência cultural, étnica, de gênero, de idade, enfrentando dificuldades para satisfazer as necessidades básicas de suas famílias”, afirmam em nota as mulheres do Movimento Sem Teto.

“Nós estamos aqui para reforçar a luta por igualdade, liberdade e autonomia das mulheres”, comentou Lucimar Rodrigues, secretária da Mulher Trabalhadora da CNQ.

Pelo Brasil

Além do ato em São Paulo, diversas outras cidades realizam protestos de rua, como Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Nos atos públicos deste 8 de março também está sendo lançada a 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que tem como tema “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”. A ação ocorre de cinco em cinco anos e é o momento em que é realizada uma jornada de lutas sobre diversos temas e sua relação com o feminismo.

“Com esta ação, queremos fortalecer a defesa dos ‘territórios das mulheres’, que são compostos por nossos corpos, pelo lugar onde vivemos, trabalhamos e desenvolvemos nossas lutas, nossas relações comunitárias e nossa história”, afirma o movimento.