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30 ANOS: CNQ lança Publicação Comemorativa e foca na construção do futuro

02 de Agosto de 2022

Ramo Químico

Propostas para o Ramo Químico, para o Movimento Sindical e de um novo projeto político-econômico para o Brasil estão na pauta da Direção Nacional

Diirgente da CNQ, da CUT e de entidades filiados no Ato em comemoração aos 30 anos da Confederação Nacional do Ramo Químico

Em três dias de atividades com a Direção Nacional reunida e em Ato Político comemorativo, a Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT) celebrou seus 30 Anos de resistência, lutas e conquistas, construindo propostas para o futuro dos setores que serão pilares para a reindustrialização do Brasil, os rumos do Movimento Sindical e as conjunturas política e socioeconômica nacional, da América Latina e do mundo.

O ato que marcou as três décadas da entidade contou com a participação de ex-dirigentes, representantes de entidades filiadas, da Central Única dos Trabalhadores e lideranças políticas. Na ocasião, a CNQ lançou Publicação Comemorativa com o resgate da sua história. Baixe aqui

Desde o mês de junho, companheiras e companheiros marcantes para a construção do Ramo Químico da CUT têm compartilhado depoimentos que resgatam passagens importantes desses 30 anos no projeto #MemóriaCNQAté o dia 15 de agosto, novos vídeos serão publicados nas redes sociais e no Canal da Confederação no YouTubeAcesse!

Mobilização

Ao longo das atividades, foi reiteradamente apontada a necessidade e a oportunidade de derrota de Jair Bolsonaro já no primeiro turno das eleições gerais de 2022, a fim de que sejam estancados processos de ataques ao patrimônio e à soberania nacional, à democracia, e a valores humanitários e civilizatórios.

Entretanto, está claro para a direção da CNQ que o campo democrático precisa ampliar a ocupação dos espaços nas redes e nas ruas, diante das ofensivas do bolsonarismo, aliado ao poder político e econômico da máquina governamental e de setores retrógrados e fisiológicos do Congresso Nacional.

É necessário ampliar a representação da classe trabalhadora, de mulheres, negras e negros e pessoas LGBTQIA+ nas bancadas federais e estaduais para que haja maior sustentação política na articulação dos avanços esperados.

Antes disso, porém, o Movimento Sindical precisa se preparar ainda mais para estreitar o diálogo com as trabalhadoras e os trabalhadores para dialogar sobre os efeitos concretos das políticas bolsonaristas no dia a dia. Por exemplo: como a manutenção do Preço da Paridade de Importação (PPI), para além de explodir o preço do diesel e da gasolina, acelera os preços dos alimentos e dificulta o acesso dos lares brasileiros ao gás de cozinha.

“Precisamos ser pacientes e fortes para explicar que as eventuais e pontuais melhoras que virão são oportunistas e eleitoreiras, e não refletem a vontade política de governar para os mais pobres por parte de quem sempre odiou a classe trabalhadora”, destaca o presidente da CNQ, companheiro Geralcino Teixeira.

Novos modelos

A direção da Confederação destacou ainda que a mobilização será fundamental mesmo após a esperada vitória do campo democrático nas eleições, que podem ser questionadas por meio de atos violentos inflamados por Jair Bolsonaro.

“Não dá para achar que será tranquilo. E, mesmo, quando começarmos a governar, não podemos ter ilusões. Será um governo de coalizão e haverá disputas de espaços e de projetos. É ilusório, por exemplo, achar que toda a Reforma Trabalhista será revogada na canetada. Serão necessários diálogo e construção de um novo modelo, até porque, como conversamos na Análise de Conjuntura com a companheira Fernanda Curti [vereadora eleita por Guarulhos, em 2020], o modelo da CLT da primeira metade do século passado não responde mais. A mesma coisa diz respeito ao financiamento sindical. Não será como foi antes”, avalia Geralcino.

Perspectiva d@s Trabalhador@s

Nesse sentido, a CNQ participou da elaboração e da atualização do “Plano Indústria 10+: Desenvolvimento produtivo, tecnológico e social” – em iniciativa que reuniu o Macrossetor da Indústria da CUT, o TID Brasil, a IndustriALL Brasil e o DIEESE.

Lançado em 2022, o novo conjunto de diretrizes e proposições do movimento sindical para políticas, ações e programas voltados para a reconstrução da indústria brasileira, pela perspectiva das trabalhadoras e dos trabalhadores, consiste em reação propositiva ao desmonte provocado pelos anos antecedentes, marcados por governos ultraneoliberais.

“Esse é um dos capítulos da história e das lutas recentes contadas na Publicação Comemorativa dos 30 anos. A última vez em que havíamos feito esse resgate foi na celebração dos 25 anos. O novo material relembra e atualiza toda essa construção”, explica o Secretário de Comunicação da CNQ, Paulo de Souza Bezerra.

A publicação também presta homenagens postumas a cinco dirigentes da Confederação: Arsênio, Hindemburgo Lopes, Silvanet Bernardi, Carlos Itaparica e Sérgio Novais.

Solenidade

O ato dos 30 anos, realizado em Guarulhos (SP), foi conduzido pelo Presidente e pelo Secretário-Geral da CNQ, companheiros Geralcino Teixeira e Alexandre Castilho. Ex-presidente da entidade, Aparecido Donizeti da Silva saudou a plenária em nome da CUT Nacional. Pela CUT São Paulo, falou o Secretário de Comunicação da primeira direção da Confederação, Renato Zulato. Primeira mulher a presidir o Ramo Químico, Lu Varjão também falou aos companheiros e às companheiras presentes, representando a IndustriALL Global Union.

Cibele Vieira falou em nome da FUP. Presidentes da FETQUIM e da FITEM, Airton Cano e José Luismar Sousa também discursaram, bem como o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, e @s companheir@s Itamar Sanches, José Fernando e Rosana Silva.

Por vídeo, saudaram os 30 anos do Ramo Químico os deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS) e Alexandre Padilha (PT-SP), além do companheiro Jacy Afonso, presidente do PT do Distrito Federal, que, como dirigente da CUT, deu grandes contribuições para a construção do Ramo Químico.

A Comissão Organizadora das comemorações dos 30 anos da CNQ também contou com a participação dos companheiros Juvenil Nunes Costa; Naira Carine Pinho dos Santos; e Edielson Souza Santos.

 

Vinicius Lousada - Jornalista