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Bahia: greve na Isogama continua

02 de Dezembro de 2013

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Foi marcada para o dia 5, próxima quinta-feira, nova audiência de conciliação do dissídio coletivo instaurado pela Isogama. Não houve acordo...

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Foi marcada para o dia 5, próxima quinta-feira, nova audiência de conciliação do dissídio coletivo instaurado pela Isogama. Não houve acordo entre as partes na audiência realizada nesta segunda-feira (2/12) no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT da Bahia).

Localizada no município de São Sebastião do Passe, a 58km de Salvador, a empresa está com as atividades paralisadas desde a meia-noite da segunda-feira passada (25).

No último dia 27, a Polícia Militar chegou a invadir as instalações da fábrica a fim de desocupar a planta industrial, onde estavam os trabalhadores mas, ao final do dia, deixou o local. Após o conflito, os trabalhadores decidiram acampar na fábrica. No dia seguinte, a Isogama decidiu barrar a entrada de comida e água para os acampados.

Os trabalhadores oficializaram a greve para reivindicar direitos que, segundo o Sindiquímica-BA, foram ignorados pela direção da Isogama.

O Sindicato garante que o movimento é legítimo, já que os trabalhadores tentam negociar com a empresa há algum tempo e os representantes da Isogama sequer comparecem às reuniões e tampouco mantém diálogo para entrar em um possível acordo.

O Sindiquímica-BA informa que discutiu propostas entre os trabalhadores para chegar a um consenso com a direção da empresa, principalmente quanto ao pagamento do fator de periculosidade, subsídio a ser pleiteado pelo trabalhador em decorrência de possíveis danos em atividades que apresentam riscos; assédio moral; reajuste de jornada de trabalho; política de cargos e salários; maior assistência aos trabalhadores afastados; e pagamento de passivos de Participação de Lucros e Resultados (PLR), entre outras pautas.

De acordo com Sindiquímica-BA, tentou-se um possível acordo entre sindicato e empresa no último dia 26, mas só os representantes dos trabalhadores compareceram à reunião que poderia resolver a situação. A equipe jurídica confirma que o sindicato já havia publicado edital de greve e, com a intransigência da empresa, não restou outra saída a não ser declarar greve formalmente aos órgãos públicos competentes, entre estes o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). A Isogama atua com o processamento químico de parafina.

 

Foto: Jorge Batera/Sindiquímica Bahia.