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Dirigentes da CUT concluem o curso de “Formação Feminista”

20 de Outubro de 2015

Mulheres

Após dois anos de trabalhos, terminou o “6º Encontro Nacional - Fortalecimento Político das Mulheres para a Igualdade no Mundo do Trabalho e a Autonomia Econômica”, no qual mais de 50 dirigentes sindicais debateram o feminismo no mundo sindical, diagnosticando os problemas de base e sugerindo propostas para avançar na luta das mulheres.

Com o objetivo de fortalecer as mulheres trabalhadoras para a implementação da paridade de gênero na direção nacional, inédita na Central Única dos Trabalhadores (CUT), mais de 50 dirigentes sindicais, de diversos ramos, representando mais de 20 estados, receberam na sexta-feira (02/10) os certificados de conclusão do curso “Formação Feminista”.

O curso, dividido em 6 encontros nacionais, é uma parceria entre a Secretaria de Mulheres da CUT e o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) da Universidade de Campinas (UNICAMP), e abordou vários temas, entre eles, história e desenvolvimento da sociedade brasileira, as condições das mulheres na história, no mercado de trabalho, negociação coletiva, políticas públicas para mulheres e a relação da CUT e o feminismo ao longo da existência da maior central sindical da América Latina.

Durante a cerimônia de certificação, a Secretária Nacional de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Rosane Silva, disse emocionada que quando chegou na CUT traçou o objetivo de inserir o feminismo no mundo sindical. “Tem que ser feminista para enfrentar o mundo machista e desigual fora e dentro da CUT”.

Durante o curso as mulheres foram protagonistas na construção de propostas de ações de acordo da realidade das mulheres trabalhadoras de cada ramo.

A Coordenadora do CESIT, que acompanhou todos os encontros, Marilane Teixeira, contou que foi uma “pesquisação” inédita. “As mulheres tiveram que pesquisar com ação em suas bases os problemas mais comuns entre elas, construíram coletivamente os diagnósticos e depois trabalharam proposições destacando os desafios”, explicou Marilane.

“Tenho certeza que nós que recebemos o certificado hoje somos mulheres muito diferentes daquelas que iniciaram o curso há dois anos. Estamos mais fortes, mais conscientes dos nossos direitos e mais dispostas a lutar pelos nossos lugares", ressaltou a coordenadora da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CNQ, Lucimar Rodrigues.

Com informações de Érica Aragão (CUT Nacional)