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Grande marcha abre Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo

16 de Novembro de 2017

Mundo

Lideranças do ramo químico da CUT participam do encontro, em Montevidéu, que reúne militantes das Américas

Começou nesta quinta-feira (16) e se estenderá até sábado (18), em Montevidéu, capital do Uruguai, a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo. A atividade foi construída pelo movimento sindical e organizações sociais da região, com objetivo de mobilizar os povos para a defesa da democracia, atualmente ameaçada em vários países da América do Sul por forças conservadoras, que pressionam por novos tratados de livre-comércio, retomando a agenda neoliberal e atacando direitos sociais e trabalhistas.

A CNQ e diversas entidades sindicais filiadas à CUT estão participando do encontro, que tem na sua pauta a luta pela democracia, a soberania, a integração dos povos e a resistência ao livre comércio e às transnacionais.

Representando o ramo químico da CUT participam o secretário de relações internacionais da CNQ, Helio Rodrigues de Andrade, a Secretária da Mulher Trabalhadora, Lucimar Rodrigues, entre outros dirigentes do ramo.

A jornada acontece uma década depois de os movimentos sociais terem derrotado a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Proposta pelos Estados Unidos, em 1994, a ALCA tinha o propósito de eliminar barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos, formando assim uma área de livre comércio, com uma evidente vantagem para a indústria norte-americana, que ofereceria produtos a preços mais baixos no continente latino-americano, levando, supostamente, ao fechamento de indústrias e ao aumento do desemprego na América Latina.

Com muita luta dos movimentos, o projeto da ALCA foi recusado pela maioria dos governos latino-americanos durante a 4ª Cúpula das Américas.

Momento de resistência

A jornada acontece numa conjuntura bem adversa à classe trabalhadora das Américas, com golpes e tentativas de retomada das políticas neoliberais e de exploração do continente, em vários países, sendo um dos mais emblemáticos o golpe parlamentar, jurídico e midiático no Brasil, cujo presidente ilegítimo vem sucessivamente desmontando o Estado e acabando com políticas sociais e com direitos históricos dos trabalhadores.

Fortalecer a unidade

A jornada irá debater a escalada de retirada de direitos que vem se dando no Brasil e outros países na América Latina, com eliminação de importantes programas sociais, por governos sustentados pelo capital, que retomam fortemente a agenda neoliberal de aprofundamento da desigualdade e concentração de riqueza.

Dessa forma, trata-se de um evento para fortalecer o processo de unidade da luta e ação sindical.

O início da jornada está sendo marcado por uma greve e uma grande marcha pelas ruas de Montevidéu, organizada pela centrais sindicais do Uruguai (PIT-CNT).

Já a plenária de abertura reunirá movimentos de mulheres, sindicatos, juventude, campesinos, indígenas, ambientalistas e negros presentes em Montevidéu.

Para o segundo dia estão previstos encontros setorizados entre os países.

O final da jornada será com uma grande plenária de convergência, que definirá uma agenda comum de luta para o próximo período no continente.

Mais informações em seguimosenlucha.wordpress.com

Com informações da CUT-RS