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Dia Mundial de Ação Lula Livre promove atos pelo mundo questionando a prisão

24 de Abril de 2018

Internacional

Campanha é desenvolvida por IndustriALL Global Union, CSI e outras entidades internacionais de trabalhadores

Convocados pela IndustriALL Global Union, juntamente com a Confederação Sindical Internacional e outros sindicatos globais, nesta segunda-feira (23), sindicatos de vários países do mundo organizaram atos nas embaixadas do Brasil, no “Dia Mundial de Ação Lula Livre”, para gritar em vários idiomas e sotaques: “Lula Livre”. Cartas de protesto também fizeram parte da mobilização e foram enviadas ao governo brasileiro questionando a parcialidade da Justiça no caso do ex-presidente.

Os trabalhadores e trabalhadoras da Argentina, Colômbia, Índia, Bélgica, Indonésia, Paraguai, Inglaterra, Estados Unidos, Gana e El Salvador foram para a frente das embaixadas brasileiras e protestaram em defesa de #LulaLivre. Em outros países, Albânia, França, Itália, Bulgária, Espanha, México, Filipinas e Uruguai, os trabalhadores escreveram cartas ao governo brasileiro, onde, além de questionar o Judiciário brasileiro, pediam pela liberdade do ex-presidente e o respeito ao seu direito de ser candidato nas eleições deste ano.

Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa, os atos que aconteceram no mundo inteiro são importantes para fortalecer a luta no Brasil e para denunciar ao mundo a perseguição contra Lula.

“Diferente do que a imprensa brasileira e que o poder judiciário brasileiro tentam passar, o mundo inteiro sabe que Lula é um prisioneiro político e que a direita brasileira quer impedir que o ex-presidente seja candidato e possa governar o Brasil outra vez”, disse Lisboa.

A ação global faz parte da campanha “Stay With Lula” (estamos com Lula), que pede pela liberdade imediata de Lula, condenado sem crimes nem provas, e um julgamento justo para o ex-presidente, liderança política e popular mundialmente reconhecida.

A União dos Sindicatos Independentes da Albânia pediu ao governo brasileiro para que respeite o direito internacional e os direitos humanos fundamentais e garantam uma revisão jurídica imparcial do processo contra Lula.

Já a Confederação Francesa Democrática do Trabalho pede que Lula seja colocado em liberdade até que ocorra uma condução séria do processo jurídico, com respeito à presunção de inocência. A entidade também solicita que, nas próximas eleições presidenciais, a Justiça e o governo brasileiro permitam um debate responsável sobre o futuro do país, com a presença dos candidatos mais representativos, como é o caso do ex-presidente Lula.

“Convocamos o governo do Brasil a cumprir imediatamente as obrigações que os tratados internacionais impõem, o direito internacional e a proteção dos direitos fundamentais ao devido processo legal e a um julgamento justo, adotando imediatamente as seguintes medidas: liberação imediata de Lula, no mínimo, até que o processo de apelação tenha sido concluído de acordo com a constituição brasileira; análise imparcial do caso de Lula pelo judiciário não ligado ao governo Temer; que Lula seja autorizado a concorrer à presidência na eleição deste ano”, explicou o secretário-geral de IndustriALL Global Union, Valter Sanches.

Com informações da CUT e IndustriALL