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Mulheres cutistas mobilizadas para a Jornada de Lutas em Defesa dos Trabalhadores/as

29 de Junho de 2013

Mulheres

Companheiras,   A Direção Nacional da CUT reunida em São Paulo, nos dias 26 e 27 de junho de 2013, decidiu convocar os trabalhadores e...

Companheiras,

 

A Direção Nacional da CUT reunida em São Paulo, nos dias 26 e 27 de junho de 2013, decidiu convocar os trabalhadores e trabalhadoras e suas organizações à mobilização do dia 11 de julho, em torno da Pauta da Classe Trabalhadora (leia a Resolução aqui).

No dia 11 serão organizadas manifestações, paralisações e greves. A Direção Nacional da CUT orienta para que nesse dia sejam priorizadas paralisações nos diferentes Ramos e categorias CUTistas que podem e devem incorporar suas reivindicações específicas neste movimento de conjunto de nossa classe.

Enquanto mulheres organizadas na Central devemos também ser protagonistas desse movimento histórico. Nossa presença será fundamental nas atividades do dia 11 e também em assembleias sindicais e outras ações convocadas pelas CUT´s estaduais e Ramos.

Nesse sentido, a SNMT considera fundamental afirmar como bandeira da Central a luta por igualdade entre homens e mulheres. Neste momento em que afirmamos nossa luta por uma sociedade democrática, com liberdade, igualdade e um desenvolvimento justo e solidário não devemos descansar enquanto não barrarmos retrocessos conservadores que afetam diretamente os direitos das mulheres e dos LGBTs, como a proposta do Estatuto do Nascituro – ao qual a CUT já manifestou contrariedade - e a da “Cura Gay”.

Finalmente, é importante dar visibilidade a essas ações. Sugerimos que sejam confeccionados cartazes com as nossas palavras de ordem e fotografadas as atividades. E quando vocês tiverem notícias, por gentileza enviem para a Secretaria Nacional de Mulheres.

“É preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre!”

Saudações CUTistas e Feministas

Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT

 

Organizar e participar do Dia Nacional de Luta

mulheres dia 11 a

 

 

 

 

 

Trabalhadoras debatem a Jornada de Lutas convocada pela CUT e a organização da Marcha Mundial das Mulheres. Na sede do Sindicato dos Químicos de SP, em 25 de junho

 

 

 

 

Reconhecimento da democracia, manipulação da grande imprensa e necessidade de ir às ruas para dialogar com o povo foram as principais questões levantadas na terça-feira (25) pelo Coletivo Estadual de Mulheres da CUT São Paulo, em reunião ampliada no auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, capital paulista.
A CUT, outras centrais sindicais e movimentos sociais, como o MST, farão uma Jornada de Lutas pela Liberdade Democrática em Defesa dos Trabalhadores/as, no dia 11 de julho em todo o Brasil, por mais investimentos em educação, saúde e transporte público. Entre as reivindicações está também o fim dos leilões do petróleo e do Projeto de Lei 4.330/04 que amplia a terceirização, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário e a reforma agrária.
Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sônia Auxiliadora, as mulheres se comprometeram com a jornada e continuarão nas ruas levando as suas pautas. “Estamos de olho no Congresso para não deixar passar qualquer tipo de projeto conservador como, por exemplo, o Estatuto do Nascituro e o Projeto de 'cura gay', que são retrocessos para a nossa luta e a nossa autonomia”, afirma. Para Sônia, é preciso também lutar por reformas políticas, tributárias e da mídia – que são pontos fundamentais para a mudança efetiva nas relações de gênero.
Na ocasião, as mulheres cutistas deram início ao debate sobre a organização do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial de Mulheres no Brasil, que será de 25 a 31 de agosto, no Memorial da América Latina. Um mês antes, em 27 de julho, ocorrerá o Encontro Estadual da Marcha Mundial das Mulheres, em São Paulo, com local a definir.

Mulheres nos sindicatos

Durante o encontro, os ramos apresentaram os desafios e avanços em relação ao tema da paridade. Para Sônia Auxiliadora, “Apesar da participação das mulheres nos sindicatos ter crescido é preciso dar condições reais para a sua efetivação”.
Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Jaqueline Souza da Silva, a primeira grande luta foi levar a questão da paridade para um congresso da Central, até a sua aprovação. “Agora, lutamos para conseguir  a implementação, a partir da formação de quadros femininos para nos representar. Para que isso aconteça, a estrutura é necessária, como por exemplo, a valorização das companheiras, a formação e apoios como as creches”, explica.
De acordo com a diretora de Relações Trabalhistas do Sindlimpeza de Santos-SP, Lindnalva dos Santos Pereira, a batalha das trabalhadoras ocorreu porque, desde o início da história da entidade, os homens ocuparam os cargos de direção. “Hoje já nos representamos e somos maioria. Licença maternidade e as creches são temas que temos enfatizado. Mas vai para além disso, pois cobramos que as mulheres que atuam com limpeza pesada sejam colocadas em postos mais leves no momento em que sua gestação esteja avançada”, conclui.
A secretária de Políticas Sociais da Federação dos Bancários da CUT/SP (Fetec), Crislaine Bertazzi, explica que uma das conquistas das trabalhadoras bancárias foram os 180 dias de licença maternidade: “Temos  uma mesa de debates sobre igualdade de oportunidades e é importante o trabalho de conscientização para mostrarmos às trabalhadoras a importância que elas têm e, ao mesmo tempo, formar os homens para que compreendam o trabalho em conjunto entre os gêneros”.

mulheres dia 11 b

 

 

 

 

 

 

 

 

A atividade contou com a apresentação da peça Carne, da Kiwi Companhia de Teatro, que revela a desigualdade entre os gêneros nos espaços sociais

 

 

 

 

 

 

 

 


Matéria e fotos: Vanessa Ramos/SECOM CUTSP