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Mulheres recebem Dilma

07 de Setembro de 2014

Mulheres

Com informações da Rede Brasil Atual A presidenta da República e candidata à reeleição presidencial , Dilma Rousseff, foi recebida na tarde deste...

mulheres com DilmnaCom informações da Rede Brasil Atual

A presidenta da República e candidata à reeleição presidencial , Dilma Rousseff, foi recebida na tarde deste sábado, 6, por diversos grupos femininos e movimentos sociais em um ato na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na região central de São Paulo. A organização estimou o público em 3 mil pessoas.

Entre as organizações presentes, estavam Central de Movimentos Populares, União Geral dos Trabalhadores, Central Única dos Trabalhadores, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Nova Central Sindical, Força Sindical, União Nacional dos Estudantes, Movimento dos Atingidos por Barragens, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento de Mulheres Camponesas, União Brasileira de Mulheres e ainda lideranças do movimento LGBT.

Também estiveram presentes autoridades, como as ministras Eleonora Menicucci (da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), Ideli Salvati (da Secretaria de Direitos Humanos), Marta Suplicy (da Cultura), além do prefeito Fernando Haddad (PT) e do senador Eduardo Suplicy (PT).

Segundo os organizadores, havia pelo menos mais 3 mil pessoas do lado de fora, onde ficaram concentrados principalmente em frente a entrada da quadra.

"Vivemos hoje no Brasil uma campanha de desinformação, mentiras e, em alguns casos, ódio e pessimismo. Mas a verdade é que, nos últimos doze anos, nós tiramos da extrema pobreza 36 milhões de brasileiros. Uma parte expressiva desses brasileiros era mulheres, mães, que tinham sob sua guarda sua família e seus filhos, muitas delas chefiando sua família", disse Dilma no início do seu discurso. Ela mencionou que 93% das famílias que recebem o Bolsa Família têm o cartão em nome da mulher. "É importante dar força e autonomia às mulheres mais pobres, para que elas decidam onde, como e quando gastar o dinheiro."

Ela também lembrou que 83% da titularidade dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida e 59% das matrículas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) estão em nome de mulheres. Outra ação promovida pelo governo federal, citou a presidenta, foi de providenciar documentação de 1 milhão de trabalhadoras rurais brasileiras nos últimos três anos e meio.

A presidenta aproveitou ainda para defender mais uma vez a exploração do pré-sal, cujos recursos possibilitam investimentos em educação e saúde públicas, além de defender a reforma política. "O Brasil precisa de uma reforma política. Quando, logo depois das manifestações de junho de 2013, nós enviamos ao Congresso Nacional uma proposta de plebiscito, nós não conseguimos passá-la. Por quê? Porque ninguém reforma a si mesmo", apontou.

"Eu só acredito em reforma política com a participação popular, com a força da presença do povo nas ruas dizendo qual é a reforma política que vamos adotar. Seja da forma que seja, temos que garantir a consulta ao povo brasileiro, isso que vai dar força para dar a reforma que devemos fazer", completou Dilma.

Entre 1º e 7 de setembro, cerca de 400 organizações e partidos políticos realizam a campanha Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva, votação extraoficial que pergunta à população brasileira "sim" ou "não" pela convocação de eleições de parlamentares exclusivamente dedicados a reformar o processo político brasileiro. Um dos principais pontos da reforma é o financiamento público de campanha.

Homenagem a prisioneiras políticas

Ainda durante o ato, a presidenta aproveitou para prestar homenagem a ex-companheiras da época de prisão –Dilma ficou quase três anos detida no início da década de 1970 pela ditadura militar brasileira. "Fomos para a prisão, porque naquela época lutar pelos direitos do povo dava cadeia, como deu para o presidente Lula, mas as mulheres estiveram na cadeia também."

"Quero cumprimentar e agradecer ao apoio ao longo da minha vida que elas sempre me deram. Elas são tímidas, apesar de serem mulheres muito fortes, que foram torturadas e presas. Muitas eu não vejo faz muito tempo e é uma grande emoção para mim que elas estejam aqui. Elas fazem parte da minha vida, elas fazem parte de mim."