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Petroleir@s organizam resistência contra a privatização da Petrobras

01 de Junho de 2022

Petrobras

Ato unificado acontece nesta quinta-feira, em meio a alerta sobre maior greve da histórica da categoria diante de movimentações do desgoverno Bolsonaro

“Se aqui vier qualquer projeto de lei para a privatização da Petrobras, o governo federal enfrentará a maior greve da história da categoria petroleira, com apoio da sociedade, com o apoio dos caminhoneiros, com o apoio dos trabalhadores de aplicativos e com o apoio dos entregadores”.

O alerta foi dado pelo coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, durante atividade da Brigada Petroleira em Brasília, no Plenário da Câmara dos Deputados.

Como uma das ações de resistência, a FUP, filiada à CNQ-CUT, e a FNP estão convocando trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobras a participarem do ato unificado contra a privatização, que acontecerá nesta quinta-feira, 02/06, às 11 horas, no EDISEN -Av. Henrique Valadares 28, Centro – Rio de Janeiro. A mobilização também marca o início da campanha reivindicatória da categoria.

Privatizar não é a solução!

A reação vem diante de movimentos do desgoverno Bolsonaro e de sua base de apoio, descomprometidos com os interesses e a soberania nacional, e também com o intuito de desviar atenção da responsabilidade da atual política de preços da estatal, que vem acelerando a escalada da inflação nas bombas dos postos de combustíveis e em toda a cadeia de consumo básico das famílias brasileiras.

Bete Sacramento, Secretária do Setorial Petróleo da CNQ, ressalta que já está mais do que comprovado que a privatização não é solução, tanto que, entre os preços mais caros dos combustíveis Brasil afora, estão na região abastecida pela refinaria que já teve a privatização concluída, na Bahia.

Presidente da CNQ-CUT, Geralcino Texeira destaca que defender a Petrobras é tarefa prioritária de toda a sociedade, pois a estatal terá papel crucial para o processo de reindustrialização do Brasil.

“O desenvolvimento só será retomado pela Indústria e todo esse macrossetor, de alguma forma, está vinculado a Petrobras. Mais do que nunca, esse patrimônio nacional vai desempenhar papel estratégico para o País voltar a ser grande e relevante. O outro lado já percebeu que é muito grande a chance de que percam as eleições. Então, vão tentar de tudo. Não podemos baixar a guarda”, diz o dirigente.

Movimentações

Na última segunda-feira (30/05), o Ministério de Minas e Energia anunciou que formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da Petrobras na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), visando estudos para uma privatização.

Paralelamente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a pressionar o governo pela aprovação, por maioria simples, do Projeto de Lei que permite a venda de ações da Petrobras. Com isso, o Estado Brasileiro deixaria de ser o acionista majoritário, perdendo sua autonomia sobre a empresa.