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Químicos do ABC manifestam ao CADE preocupação com monopólio na petroquímica

02 de Maio de 2013

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Resoluções do Congresso da categoria são colocadas em prática       Em reunião no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)...

Resoluções do Congresso da categoria são colocadas em prática

 

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Em reunião no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), vinculado ao Ministério da Justiça, o Sindicato protocolou carta com resoluções do 11º Congresso da categoria sobre a concentração de mercado na fabricação de resinas, como PVC.

 

Na tarde do dia 25/4, o Secretário de Administração e Finanças do Sindicato dos Químicos do ABC, Juvenil Nunes Costa, esteve reunido com o chefe de gabinete da presidência do CADE, Dr. Ricardo Leite Ribeiro, para expressar a preocupação dos trabalhadores das indústrias químicas, petroquímicas e de transformação de resinas plásticas da região do ABC em relação ao impacto sócioeconômico que poderia advir da provável aquisição da Solvay Indupa de Santo André pela Braskem.

O CADE é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, que exerce as atribuições dadas pela Lei nº 12.529/2011, que trata da livre concorrência no mercado. O CADE é a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, por investigar e decidir, em última instância, sobre efeitos na economia nacional de fusões, aquisições de controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas. O CADE também investiga e julga cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência.

A produção atual de resinas de PVC no Brasil é liderada pela Braskem (com cerca de 70% da capacidade instalada) seguida pela Solvay Indupa (com 30%), o que ainda oferece alguma margem de negociação para a indústria de transformação plástica na aquisição de uma de suas principais matérias-primas.

A indústria de transformação plástica representa 51,9% dos empregos na indústria química na região do ABC paulista, o que faz com que eventuais impactos negativos no setor tenham repercussão social assombrosa.

“Viemos ao CADE orientados pela resolução que a categoria aprovou em seu 11º Congresso, manifestando que o sindicato deve lutar contra o monopólio da produção de resinas plásticas no Brasil - que coloca em risco os empregos na indústria plástica da região - e exigir do governo brasileiro que o financiamento público e as medidas de isenção fiscal de apoio ao crescimento da indústria química no Brasil sejam acompanhados de contrapartidas sociais e ambientais, como a permanência da empresa na região do ABC, a diminuição da rotatividade, o investimento em qualificação profissional e a observação às normas e regulamentações ambientais”, afirma Juvenil.

O monopólio na produção de resinas plásticas pela indústria petroquímica e seus efeitos danosos sobre as indústrias de transformação plástica é preocupante porque a geração de emprego acontece na indústria plástica. Segundo dados da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria Plástica), para cada emprego gerado na petroquímica, a indústria plástica gera 33 postos de trabalho.

“A reunião com o CADE foi extremamente animadora para nós, pois houve clara manifestação por parte do Dr. Ribeiro de que o órgão valoriza e está aberto a escutar a opinião dos trabalhadores durante a análise de fusões e aquisições. Vamos aguardar a confirmação de compra dos ativos da Solvay Indupa de Santo André, pela Braskem, para dar o próximo passo no sentido de cumprir o que a categoria decidiu: impedir que monopólios afetem o emprego e exigir que contrapartidas sociais sejam aplicadas em casos de concentração de mercado”, completa Juvenil.

 

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