Químicos: Fetquim entrega a pauta de reivindicações aos patrões

Federação quer antecipar as negociações da

campanha salarial para ampliar as mobilizações.

Confira abaixo as assembleias.

 Dia 28: solenidade marca a entrega da pauta de reivindicações aos patrões. Sede da Fetquim, Centro, São Paulo

Raimundo Suzart (direita), coordenador da bancada dos trabalhadores, protocola a pauta junto ao representante do CEAG-10 (esquerda)

Diferente dos anos anteriores, em que a pauta reivindicatória da campanha salarial dos químicos foi protocolada na primeira quinzena de setembro, neste ano a Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo) decidiu antecipar a apresentação das reivindicações e o processo de mobilização. A entrega da pauta foi realizada na manhã desta quarta-feira, dia 28, aos representantes do CEAG-10 (Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10) na sede da Federação.

Segundo Raimundo Suzart, coordenador político da entidade, o objetivo dos trabalhadores é ganhar mais tempo para negociar e buscar um acordo com uma antecedência razoável em relação à data-base, que é 1º de novembro. “Nos anos anteriores, as negociações ficaram espremidas e, em muitos casos, o reajuste não foi aplicado a tempo na folha de pagamento daquele mês”, afirmou.

Embora neste ano a negociação seja apenas dos itens econômicos - já que as cláusulas sociais têm validade de dois anos e foram renovadas em 2012 - a Fetquim apresentou mais três novas cláusulas socias para o debate com a bancada patronal. São bandeiras estratégicas que prometem mobilizar a base.

Confira as principais reivindicações:

- Salário normativo (piso salarial): R$ 1.550,00 (atualizado pelo mesmo índice aplicado para reajustar o salário mínimo no período compreendido ente 2002 e 2013).

- Aumento salarial de 13%.

- PLR (Participação nos Lucros ou Resultados): R$ 2.860,00 (valor referente a um salário mínimo do Dieese).

- Jornada de trabalho: 40 horas semanais com sábados e domingos livres.

- Licença-maternidade: 180 dias.

- Cesta básica gratuita (em junho/2013, a cesta básica em São Paulo continuou sendo a mais cara entre as 18 pesquisadas pelo Dieese e custava R$ 340,46).

A negociação articulada pela Fetquim beneficia 180 mil trabalhadores dos sete sindicatos que negociam em conjunto: São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e região e São José dos Campos e região. O calendário de negociações será definido nas próximas semanas.

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(Com informações: Assessoria de imprensa Fetquim, Químicos ABC, Químicos SP e Químicos Unificados. Fotos: Dino Santos/Químicos ABC, Eduardo Oliveira/Químicos SP, Químicos Unificados)