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Rede BASF: videoconferência com trabalhadores da matriz alemã

04 de Abril de 2014

Redes

Os integrantes da coordenação da Rede de Trabalhadores na BASF América do Sul, Aírton Cano (BASF PU Mauá) e Virginia de-Rios (Comissão dos...

Vídeo Conferência BASF 2Os integrantes da coordenação da Rede de Trabalhadores na BASF América do Sul, Aírton Cano (BASF PU Mauá) e Virginia de-Rios (Comissão dos Empregados da BASF Morumbi) vem mantendo videoconferências periódicas com Hans-Jürgen Koch, membro da Comissão de Fábrica da BASF Ludwigshafen, e Fritz Hofmann (ex-Comissão de Fábrica e trabalhador aposentado da BASF Lufwigshafen). O objetivo é a troca de informações entre as unidades brasileiras e europeias e eventuais ações comuns da Rede.

Na videoconferência realizada em fevereiro, Hans e Fritz deram informações sobre o encontro de sindicalistas asiático, realizado de 10 a 13 de dezembro na Malásia, com participação de lideranças da Índia, Coreia, Japão, Indonésia, Malásia, com participação de representante do sindicato global IndustriALL e que apontou, entre outros problemas graves, a terceirização.

Outra importante discussão foi sobre a PPR. Como o modelo alemão está sendo aplicado no Brasil, a videoconferência trocou várias informações sobre o tema. Fritz explicou que na Alemanha não há metas por departamento ou setor e sim metas individuais e gerais (não tem metas de produtividade). Perguntado pelo valor que aparece em fevereiro no intranet em BASF.Net, ele comenta que cost of capital é um índice que faz parte do ROA, mas há ainda outros fatores e volta a reafirmar que o ROA só sai em abril.

Fechamentos de fábricas

Os companheiros alemães também atualizaram as informações sobre o fechamento da fábrica de pigmentos na França. No momento, estão negociando o pacote de indenizações. Segundo Fritz e Hans, o sindicato está participando, exigindo que os trabalhadores sejam indenizados como foram no passado e a BASF não aceita.

Os sindicalistas brasileiros informaram que o site argentino de tintas residenciais fechou e não se tem informações sobre a venda. Também a Styropor, com 60 trabalhadores, está fechando em Jaboatão (PE) e ainda não há solução para esta unidade.

Outros informes dos alemães: haverá eleições para a Comissão de fábrica da matriz alemã de 4 a 6 de março. A organização destas eleições é feita por Hans. Com seis meses de BASF, os terceirizados também podem votar.  A CF é composta por 55 membros escolhidos, 46 são locais (escritórios e fábricas) e 160 pessoas ajudam nas eleições que englobam os sites de Ludwigshafen e Berlim. 

Sobre a jornada semanal em Ludwigshafen, os companheiros informam que é de 37,5 horas tanto na produção como na administração, mas muitos trabalham 40 horas, alguns 35 horas, depende do chefe, pois o sistema é flexível. Hans comenta que o Diálogo Social seria em 2015.

Cano e Virgínia também abordaram que o principal investimento da BASF hoje no Brasil é em Camaçari – Bahia. Porém há constantes greves na construção civil e estima-se que haverá sete meses de atraso. E que a fábrica de poliuretanos que estava em Mauá (região do Grande ABC) agora está em Guaratinguetá – interior de São Paulo. Na mudança da unidade, gastou-se 30 milhões de Euros.

A videoconferência foi encerrada com comentários gerais sobre o momento político no Brasil, em especial os ataques da oposição e as manifestações populares.