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Seminário aponta ações sindicais para enfrentar a Reforma Trabalhista

06 de Dezembro de 2017

Trabalho

Participantes elencaram 13 propostas de ação, como potencializar a sindicalização e organizar os trabalhadores no local de trabalho

O segundo e último dia de atividades do Seminário Reforma Trabalhista e seus efeitos para a classe trabalhadora e entidades sindicais, uma atividade promovida pela Confederação Nacional do Ramo Químico (CNRQ-CUT) em parceria com a central sindical alemã DGB, foi destinado às discussões sobre ações sindicais para o enfrentamento das consequências da reforma trabalhista.

Mediada pelo Secretário de Relações Internacionais da CNQ-CUT, Hélio Rodrigues de Andrade, a mesa contou com a participação da advogada Dra. Elaine D´Ávila e do assessor da CNQ, Elias Soares (Pintado).

“Não podemos entrar no processo de angústia e lamentação, precisamos entender o desafio e partir para a ação prática”, afirmou Hélio, abrindo os debates.

Veja abaixo uma sínteses das propostas elencadas pelos participantes do Seminário:

1. Estudar possíveis mudanças estatutárias para representação também de trabalhadores terceirizados e precarizados (trabalho intermitente etc.);

2. Buscar outras formas de sustentação financeira das entidades, que não passe pela Convenção Coletiva;

3. Potencializar a sindicalização;

4. Mapear as empresas em relação às representação (Comissões de Fábrica, Sistema Único de Representação (SUR), CIPA, Redes sindicais), além daquelas com mais de 200 trabalhadores;

5. Discutir um modelo de representação sindical no local de trabalho que se adeque à nova legislação;

6. Comunicação: investir em mecanismo que divulguem e conscientizem sobre o importante papel social dos sindicatos;

7. Aproximação do movimento sindical com outros movimentos sociais para fortalecer, inclusive, o processo de sindicalização;

8. Formação e capacitação de dirigentes e trabalhadores

9. Repensar nos mecanismos de administração dos sindicatos – alternativas para manter a estrutura, porém diminuindo custos.

10. Mobilização: voltar a fazer manifestações grandes em Brasília: no Congresso e no STF (Supremo Tribunal Federal);

11. Debater a unidade sindical para um projeto político para 2018, buscando eleger uma bancada forte de parlamentares comprometidos com os interesses da classe trabalhadora;

12. Construir um processo de orientação aos sindicatos com essas ações que foram discutidas aqui e também encaminhadas estes pontos às centrais sindicais para que elas se envolvam nesses temas.

13. Elaborar Ações de Inconstitucionalidade de vários pontos da reforma para expor à sociedade a quem serve o nosso judiciário, além de disputar a interpretação das leis.

“Além das propostas de potencializar a sindicalização e a organização dos trabalhadores nos locais de trabalho precisamos entender o momento em que vivemos e aprofundar mais ainda as relações com outras entidades fora do País para ter unidade na luta, já que os avanços das forças liberais estão ocorrendo em todo o mundo, pois esse ataque é articulado globalmente, portanto precisamos agir globalmente”, observou Hélio.

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