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Sindipetro Bahia: Mulheres

28 de Março de 2013

Geral

Pesquisadora aborda histórico de desigualdades entre homens e mulheres       Uma platéia atenta, formada por trabalhadoras e trabalhadores...

Pesquisadora aborda histórico

de desigualdades entre homens e mulheres

palestra mari

 

 

 

Uma platéia atenta, formada por trabalhadoras e trabalhadores diretos e terceirizados da Petrobras, assistiu na quarta-feira (27), na UP (Universidade Petrobras), a palestra da economista e especialista em relação de trabalho e gênero, Marilane Teixeira*. O evento fez parte das comemorações do mês da mulher.
O diretor de comunicação do Sindipetro, Leonardo Urpia, falou sobre a importância de trazer à tona discussões que possam ampliar e garantir a participação da mulher no mundo do trabalho. Neste sentido, no mês de março,
o sindicato publicou boletins especiais com matérias e entrevistas abordando as lutas e desafios da mulher petroleira.
Entregou também uma pequena lembrança às mulheres do ramo, um espelho de bolso que, segundo Urpia, a ideia é que seja muito mais do que um mero objeto. “A nossa intenção é que a mulher ao se olhar neste espelho veja, através de seu próprio reflexo, a sua importância como trabalhadora e o seu valor na sociedade”, explica.
A diretora de gênero do Sindipetro, Valquiria de Souza, diz que o objetivo é realizar cada vez mais este tipo de evento, inclusive com a participação do público masculino. O que foi apoiado por todos os presentes.

Palestra

A pesquisadora abordou o tema da construção social do gênero masculino e feminino, fazendo uma reflexão sobre as origens da desigualdade entre os sexos. Para Marilane, “historicamente a força de trabalho feminina sempre foi usada de forma conveniente, de acordo com a necessidade do sistema”. Ela enfatiza que homens e mulheres são diferentes biologicamente, mas “o que é construído é o conteúdo desta diferença. Portanto, existe uma construção social dos sexos, além do biológico”. Para ela, “o problema é quando a diferença se transforma em desigualdade”.
Outro grande problema que precisa ser enfrentado é a dupla jornada de trabalho da mulher, que só terminará quando houver o compartilhamento do trabalho doméstico. “O homem precisa entender que compartilhar não é ajudar, mas dividir o trabalho doméstico, lavar louça, banheiro, levar filhos na escola etc”, ressalta Marilane, que teve o total apoio dos presentes.

 

* Marilane Teixeira também é assessora econômica da CNQ-CUT

Foto: Acervo Sindipetro Bahia 


Assista o vídeo elaborado pela TV Sindipetro Bahia e confira, em 5 minutos, os principais lances da palestra. Acesse o link:

 

http://www.youtube.com/watch?v=GXKlS7Hu6_o