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Solvay Indupa: paralisação de protesto no ABC

21 de Fevereiro de 2013

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Trabalhadores exigem garantia de emprego com a venda da empresa   O Sindicato dos Químicos do ABC realizou um grande protesto na manhã da última...

Trabalhadores exigem garantia de emprego

com a venda da empresa

 

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O Sindicato dos Químicos do ABC realizou um grande protesto na manhã da última terça-feira, 19, para exigir da Solvay Indupa o compromisso de garantia de emprego para os 360 trabalhadores da planta, independente de quem venha a ser o comprador da empresa. Todos os trabalhadores participaram do protesto, que atrasou a entrada do turno por mais de duas horas. A pressão da mobilização fez com que os executivos da empresa, Denis Samson e Guillermo Mansel, recebessem os representantes dos trabalhadores.
“A atividade foi excelente, mas o único compromisso que conseguimos da empresa foi que o Sindicato será comunicado assim que for definido o comprador da Solvay Indupa, o que deve ser definido somente na próxima semana”, conta o diretor do Sindicato e trabalhador da Solvay, Milton Nunes de Brito (o Tijolinho).
A diretoria do Sindicato se reuniu na quarta-feira, 20, para definir os próximos passos da luta pela manutenção da planta e dos postos de trabalho em Santo André e não descarta envolver a ministra Miriam Belchior (Planejamento). “Não somos contra a venda da Solvay Indupa, mas queremos que essa venda seja condicionada à manutenção da planta e dos empregos. Já contatamos o prefeito de Santo André, Carlos Grana, e os parlamentares da região para discutir a situação pois, além dos 360 empregos diretos, a Solvay representa 60% de todos os impostos arrecadados no município”, pontua o secretário de administração e finanças do Sindicato, Juvenil Nunes da Costa, que também é trabalhador da Solvay.

Anúncio da venda

Em comunicado aos trabalhadores, entregue na manhã  do dia 14/2, o Grupo Solvay anunciou a venda da sua participação na Solvay Indupa, o que inclui a unidade de Santo André (SP) e de Bahia Blanca (Argentina). O ofício termina solicitando a todos que “continuem trabalhando, pois essa constitui a melhor maneira de nos preparar para o futuro”.
Tão logo os trabalhadores foram informados, o Sindicato dos Químicos do ABC tomou conhecimento da situação e procurou a empresa para obter mais informações. Questionada sobre os boatos de dentro da fábrica de que a Solvay Indupa do Brasil seria vendida para a Braskem e a Solvay Indupa da Argentina para o grupo mexicano Mexichem, os representantes do Grupo Solvay afirmaram que ainda não havia definição dos compradores.
“Na reunião”, conta Juvenil, “a empresa afirmou que a venda é uma estratégia de negócios decidida pela matriz belga e a intenção é que o comprador não feche a planta, mantendo a empresa e os empregos, porém, o Grupo Solvay não pode garantir que isso aconteça”.