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15 de Maio é um marco da indignação do povo contra o governo Bolsonaro

16 de Maio de 2019

Brasil

O sucesso da Greve Nacional da Educação é uma preparação para a Greve Geral de 14 de junho

Uma onda de estudantes, professores, trabalhadoras, trabalhadores e aposentados de todo o Brasil - indignados com os cortes de direitos e o desrespeito do presidente Jair Bolsonaro - foi às ruas na qiuarta-feira, 15 de maio, para marcar o início do fim desta era de desmandos, autoritarismo, desmonte do Estado, mercantilização da vida e entrega das nossas riquezas nacionais.
 
Atos contra os cortes de investimentos na educação, as privatizações e o fim da aposentadoria, foram registrados em pelo menos 188 cidades.
 
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, essas mobilizações, além das greves e paralisações, marcam o início do fim do governo. "Quero dizer, companheiros e companheiras, que hoje começa o fim do governo Bolsonaro. E nós vamos decretar o fim em 14 de junho, dia da maior greve geral que o Brasil vai fazer em defesa da educação, da aposentadoria e de empregos decentes", afirmou.
 
"Professores, estudantes e trabalhadores não vão aceitar as medidas de arrocho e destruição de áreas como educação e Previdência Social e vão lutar pelos seus direitos e pelo futuro do Brasil. E, se continuar nesse caminho, Bolsonaro pode ir se preparando para ir para casa", lembrou Freitas.
 
A tag #TsunamiDaEducação ocupou o topo do Twitter Brasil desde o início da manhã e a segunda posição no ranking mundial. A tag mostra o tamanho da mobilização que tomou conta das escolas, institutos federais, universidades, praças, ruas e avenidas das capitais de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal - principalmente depois de Bolsonaro dizer que os manifestantes eram "imbecis", "idiotas úteis", em entrevista a jornalistas em Dallas, no Texas.
 
Um balanço das entidades organizadoras aponta que a greve nacional mobilizou 5 milhões até o final do dia.
 
As centrais sindicais esperam que o dia 15 de maio seja um esquenta para a greve geral do dia 14 de junho.
 
A luta contra a Reforma da Previdência está se fortalecendo, mas ainda é preciso ampliar o diálogo com a população.