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20 de novembro: Um milhão de negras e negros nas ruas do Brasil

17 de Novembro de 2016

Movimentos Sociais

Neste domingo, 20 de novembro, o movimento negro, movimentos populares de campo e da cidade, as mulheres, as juventudes, sindicatos e centrais sindicais realizarão a 13ª Marcha da Consciência Negra, que pretende reunir um milhão de negras e negros, nas ruas do Brasil.

“A marcha representa a resistência contra o genocídio que destrói milhares de vidas da juventude negra e a retirada de direitos que ainda persistem. Sairemos às ruas para denunciar, como temos feito, o golpe e o governo ilegítimo que aplica medidas contrárias ao povo brasileiro”, destaca a companheira do ramo químico da CUT e atual secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva.

Os movimentos que organizam a marcha lançaram documento no qual exigem a Manutenção e fortalecimento das políticas públicas de promoção da igualdade racial com a criação de órgãos de políticas de igualdade racial nos municípios onde não existem; a Manutenção e fortalecimento das políticas públicas para mulheres.

O documento também denuncia a decisão do Relator Ivo Sartori do Tribunal de Justiça de São Paulo que anulou a sentença do julgamento dos 74 policiais envolvidos na morte de 111 pessoas presas, quando do Massacre do Carandiru, em 2 de outubro de 1992.

Em São Paulo a marcha concentra-se no Vão Livre do MASP – Avenida Paulista às 11h.

Dia da Consciência Negra: celebração do herói nacional Zumbi dos Palmares

O dia 20 de novembro relembra a morte de Zumbi dos Palmares, que aconteceu em 1695. Zumbi foi um dos principais líderes do Quilombo do Palmares, em Alagoas, uma das áreas usadas pelos escravos quando fugiam do domínio dos senhores de engenho.

O líder do Quilombo dos Palmares, no final do século XV, era Ganga Zumba, tio de Zumbi. Em 1678, o governador da Capitania de Pernambuco ofereceu um acordo de paz a Ganga Zumba, que aceitou, mas nem todos concordaram. Aconteceu, então, uma rebelião, liderada por Zumbi, que governou o grupo por 15 anos. Foram necessárias 18 expedições do governo português, liderados por bandeirantes, para erradicar Palmares.

Zumbi adotou uma estratégia de defesa baseada em táticas de guerrilha. Os bandeirantes descobriram, por meio de um delator, o esconderijo do líder. E em 20 de novembro de 1695, eles mataram Zumbi em uma emboscada. Sem outra liderança, Palmares sobreviveu até 1710, quando se desfez. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Heróis da Pátria.

Com informações da CUT-SP e Portal Brasil