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25 de Julho! Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

25 de Julho de 2017

Racial

A data tem sua origem no 1° Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em 1992 no auge do neoliberalismo, na República Dominicana.
No Brasil, ao longo dos anos a data tem se consolidado com muita luta e resistência por parte do Movimento Negro e demais organizações sociais e populares, que cumprem um papel fundamental, o de denunciar as consequências da dupla opressão que sofrem as mulheres negras, com o racismo e o machismo.
Neste 2017, a data denuncia e traz à tona a luta das mulheres contra o machismo, o patriarcado, a misoginia, o feminicídio, o avanço da violência e a constante usurpação dos direitos da Classe Trabalhadora, que atinge principalmente, as mulheres e mais ainda, as mulheres negras.

Considerado um marco internacional de luta e resistência das mulheres negras contra a opressão de classe, o racismo e o sexismo, a data de 25 de julho foi instituída pela ONU como o dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, definida no 1º Encontro de Mulheres afro-latino-americanas e afro-caribenhas, realizado em 1992, na cidade de Santo Domingo, República Dominicana e também foi criada a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e afro-caribenhas.

No Brasil, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.987/2014, que instituiu o dia 25 de Julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, e viveu durante o século XVIII no Mato Grosso. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo Quariterê, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído e a população (79 negros e 30 índígenas), morta ou aprisionada.

Cartilha da CUT sobre situação da mulher negra brasileira

A CUT lançou nesta terça (25), data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, uma cartilha que revela a situação da mulher negra brasileira. A cartilha, que foi produzida pelas secretarias de Combate ao Racismo, da Mulher Trabalhadora e da Saúde do Trabalhador, mostra que as mulheres negras estão nos postos mais precários no mercado de trabalho e ainda recebem menos que os não negros.

Para a secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Julia Nogueira, o dia 25 de julho é muito representativo para as mulheres negras. “É um marco da resistência e de visibilidade diante da exploração do trabalho, dos altíssimos índices da violência doméstica contra as mulheres, especialmente das mulheres negras”, diz a dirigente.

"Além da ineficiência dessas políticas, que se veem agravadas pelo corte nas políticas de saúde as mulheres negras enfrentam o racismo institucional”, enfatiza Junéia Martins Batista, secretária da Mulher Trabalhadora.

A preocupação de Junéia sobre a condição da mulher negra na saúde também é relatada pela secretária de Saúde do Trabalhador, Madalena Margarida. "Elas adoecem com mais frequência devido as precárias condições no mundo do trabalho. As mulheres negras adoecem mais em função da hipertensão, infecção puerperal, aborto e hemorragia continuam como principais causas de mortalidade materna por causas evitaveis", finaliza. Com informações do Movimento de UEFS e CUT.

Para acessar a Cartilha clique aqui