2º Encontro Sul de Mulheres Petroleiras acontece em Porto Alegre
27 de Novembro de 2013
Geral
No último sábado, 23 de novembro, o Sindipetro-RS foi sede do 2º Encontro Sul de Mulheres Petroleiras, com trabalhadoras de todo o país reunidas...
No último sábado, 23 de novembro, o Sindipetro-RS foi sede do 2º Encontro Sul de Mulheres Petroleiras, com trabalhadoras de todo o país reunidas para discutir estratégias de organização e luta
Dirigentes da CNQ-CUT também participam do Encontro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul
O evento abriu com a palestra da socióloga Helena Bonumá, coordenadora técnica do Núcleo de Violência, Segurança e Direitos Humanos da Guayí. Na ocasião, Helena apresentou uma linha do tempo retratando a história da mulher, desde os primeiros indícios envolvendo o gênero feminino: “A história da humanidade tem 5 bilhões de anos e nem sempre a mulher teve um papel subordinado na sociedade. Por isso, está mais do que na hora de se impor. Os movimentos sociais, os sindicatos, os espaços de encontros entre as mulheres, são fundamentais. Mas é muito importante que saibamos levar essa pauta aos homens, para que eles estejam por dentro da luta”, concluiu a socióloga.
A economista, especialista em relações de trabalho e gênero, Marilane Oliveira Teixeira, também painelista do Encontro, explanou sobre a reforma política e seus avanços: “No total de cargos eletivos, 13% são ocupados por mulheres brasileiras. Três elementos são considerados centrais da reforma política: enfrentar o poder econômico, combater o oportunismo e a sub-representação".
Anacélie Azevedo, coordenadora do Coletivo de Mulheres da FUP, apresentou a situação da mulher petroleira. São quase 10 mil trabalhadoras em todo o Sistema Petrobras, representando 15,6% da categoria. O avanço de 2003 para 2012 foi de 119%. Apenas 5% dessas mulheres estão na diretoria dos sindicatos.
O Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras foi criado em 2012 durante a III PlenaFUP, em Porto Alegre, com o objetivo de criar pautas específicas para o ACT. As conquistas após a criação do Coletivo foram importantes. Nesse ano o ACT garantiu avanços significativos. Anacélie destaca: licença-paternidade, auxílio-creche/acompanhante, extensão da licença-maternidade – parto de prematuro, garantia à trabalhadora - grávida ou que esteja amamentando - do trabalho em áreas fora de risco, diária hospitalar de acompanhante para parturientes, auxílio-cuidador PAE, auxílio-cuidador da pessoa idosa, movimentação de empregados e preservação familiar, condições de segurança e saúde ocupacional – EPIS sim e NR-24 não!
Em seguida, a presidenta da CNQ-CUT, Lucineide Varjão Soares, falou sobre os eixos de atuação da Confederação e as ações da Secretaria da Mulher Trabalhadora, que tem o objetivo de ampliar a participação das trabalhadoras nos espaços de representação. “Precisamos fortalecer ou incentivar a criação de secretarias ou coletivos de mulheres nos sindicatos; organizar calendários de visitas da secretaria de mulheres nas regiões, envolvendo as mulheres do Coletivo da CNQ; garantir nas atividades e eventos sindicais infraestrutura e creche para aos filhos das trabalhadoras; garantir no Programa Formaquim o debate sobre temas relacionados à mulher trabalhadora”, enfatizou a presidenta.
Encerrando os ciclos de palestras sobre as conquistas e desafios das mulheres, a representante da MMM (Marcha Mundial de Mulheres), Claudia Prates, detalhou o trabalho do movimento social. “A Marcha veste todas as mulheres, incorpora todas as bandeiras e lutas desse gênero. Em todos os lugares tem meninas e mulheres sofrendo o sexismo e a misoginia. A Marcha Mundial das Mulheres participa juntamente com a CUT e a CNQ para justamente fortalecer a luta das mulheres petroleiras”, completou a militante.
No final, todas as participantes encerraram o encontro brindando a participação no evento.
Fotos: Acervo Sindipetro-RS.