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8 DE MARÇO: Entrevista com Rose, da Secretaria de Gênero da CNQ

03 de Março de 2013

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Mulheres do ramo químico nas ruas       O CNM (Coletivo Nacional de Mulheres) da CUT iniciou 2013 com pique total. As estratégias de luta...

Mulheres do ramo químico nas ruas

 

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O CNM (Coletivo Nacional de Mulheres) da CUT iniciou 2013 com pique total. As estratégias de luta foram traçadas em janeiro, com a elaboração de um calendário de mobilização que prevê o reforço da Marcha de 6 de Março a Brasília e manifestações em 8 de Março. A CNQ-CUT reforça as bandeiras de luta das mulheres rumo ao VII Congresso Nacional. Rosemeire Theodoro, da Secretaria de Gênero da Confederação, faz uma breve avaliação do período.

 

 Março de 2012: passeata no Centro de São Paulo.

 

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O CNM-CUT traçou as prioridades para 2013?

Rosemeire – O CNM-CUT realizou sua reunião de planejamento nos dias 23 e 24 de janeiro. Além de reforçar as tradicionais bandeiras de luta, destacou algumas reivindicações como prioritárias: defesa de creche, trabalho decente e igualdade de oportunidades nas relações de trabalho. Outro ponto chave nos debates é a questão da paridade, que abrange um leque de possibilidades. Isso porque, se conquistarmos a igualdade no mundo do trabalho, no movimento sindical e em todos os espaços sociais, teremos condições de garantir creche e trabalho digno com a redução da jornada para todos. 

Rosemeire, a Rose,

é uma das lideranças do setor vidreiro.

 

E os preparativos para o Dia Internacional de Luta da Mulher?

Rosemeire - Esta semana promete ser de intensa mobilização. Temos a Marcha de 6 de Março a Brasília e a série de atividades previstas para o 8 de Março em todo o país. Nós estaremos marcando posição. Queremos as mulheres em todos os espaços, não somente na linha de produção, no trabalho, mas também na política. E a nossa tarefa é garantir que as mulheres estejam presentes nas mesas de negociação coletiva, nos debates sobre saúde, política sindical entre outros.

Exigimos igualdade na prática e no dia a dia. Lugar de mulher é onde ela quiser. O CNM-CUT levantou as bandeiras de luta, mas também teve a preocupação de traçar a estratégia para que possamos alcançar nossos objetivos. O conhecimento é revolucionário e capaz de melhorar a vida das pessoas. Por isso, no interior da CUT vamos investir e jogar todo empenho nos cursos de formação política e sindical direcionados às mulheres.

 

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Quais os eixos de luta do 8 de Março?

Rosemeire - São vários, mas o destaque é a defesa da creche 24 horas. Isso porque temos mulheres que trabalham em horários alternados e não possuem local para deixar seus filhos com segurança. A redução da jornada para todos caminha paralelo a essa reivindicação porque as longas jornadas continuam determinando um impacto grande na vida das mulheres e de suas famílias. Exigimos 40 horas semanais para a garantia de mais emprego, para que todos tenham tempo para se qualificar e tempo para o lazer. Agora é contagem regressiva para reforçar as atividades do 8 de Março.

 

Março de 2009: Militantes da Via Campesina, em Brasília.

 

Outras datas importantes são:

- 27 de abril: Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica. O Coletivo se comprometeu a incrementar um abaixo-assinado e reunir 30 mil assinaturas até o final de março.

- 28 de maio: Dia de Luta pela Saúde da Mulher.

- Agosto: já começamos a preparar a MMM (Marcha Mundial das Mulheres).

 

A CNQ-CUT está preparando seu VII Congresso.

Rosemeire – No ramo químico este é um marco importante. O Congresso da CNQ será em julho. Neste ano temos um diferencial: são as plenárias regionais que acontecem em março e abril com o objetivo de também preparar as trabalhadoras e reunir subsídios para um amplo debate – a exemplo da plenária Sudeste II realizada no final de 2012 . Sem dúvida, entre os vários pontos, a paridade, a questão da mulher, creche em período integral e redução da jornada devem concentrar as discussões. Hoje na Confederação aplicamos a cota de 30% na prática, agora vamos em busca da paridade. Pela primeira vez temos uma mulher na coordenação e outras companheiras em importantes secretarias da entidade.

 

Preparar o 8 de Março

com prioridade para os seguintes eixos:

Descriminalização e legalização do aborto

Salário igual para trabalho igual

Participação política e poder paritário

Garantia de direitos para as trabalhadoras domésticas

Fim de todas as formas de violência contra a mulher

Compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados

Creches públicas de qualidade e de período integral

Contra a mercantilização dos nossos corpos e de nossas vidas

 

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Março de 2012: Trabalhadoras do campo e da cidade unificam o movimento. Centro de São Paulo.