19 de abril: movimentos sociais promovem plenária pela democratização das comunicações
11 de Abril de 2013
Brasil
Após o encerramento do Enacom, CUT e parceiros já têm mobilização marcada para lutar por um marco regulatório da...
Após o encerramento do Enacom, CUT e parceiros já têm mobilização marcada para lutar por um marco regulatório da comunicação
Mal acabou o VI Encontro Nacional de Comunicação da CUT (Enacom), na tarde desta quarta-feira (10), e os movimentos sociais já têm uma nova data de luta marcada.
No dia 19 de abril, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), coordenado pela secretária de Comunicação da Central, Rosane Bertotti (foto), realiza uma grande plenária no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, 25 – Bela Vista) para apresentar a proposta de emenda popular que visa criar um marco regulatório para o setor.
Diante da inércia do Congresso e do governo, entidades progressistas irão recolher assinaturas em todo o país para um projeto de emenda popular que estabeleça regras para a produção e distribuição de informação, conforme explica Rosane.
“A campanha ‘Para Expressar a Liberdade – Uma Nova Lei para Um Novo Tempo’ vai dialogar com a sociedade para explicar porque não pode ficar refém da versão que interessa somente a um pequeno grupo de empresários que comanda as emissoras de rádio e TV. Queremos também ter espaço para mostrar o que pensamos e como enxergamos o Brasil e para isso precisamos recolher 1 milhão e 300 mil assinaturas e fazer da democratização da comunicação uma realidade”, explica.
Cerca de 200 lideranças sindicais e profissionais de comunicação participaram do Encontro.
Debate representativo
Sobre o Enacom, a dirigente avalia que a grande participação e representatividade dos ramos e a riqueza dos debates, tanto dos painelistas quanto dos delegados, foram os pontos principais. Além do compromisso que as CUTs estaduais assumiram de construir a rede de comunicação da Central.
Para Rosane, o evento deixa claro ainda que, diante das diferentes realidades de cada parte do país, é preciso tratar cada região sob uma ótica, com políticas diferenciadas e a solidariedade como princípio.
Por fim, avalia que, apesar de já ter um papel importante, a comunicação ainda depende de maior financiamento para ocupar o papel formador que lhe cabe. “Parte da CUT já entende que é uma questão estratégica, porém, como disse o Valter Sanchez (presidente da Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, que administra a TVT), quando você pensa em dar voz à pluralidade e à representatividade da Central e à necessidade de expressão do povo brasileiro, os custos tornam-se proibitivos. Começamos a ocupar um grande espaço, mas ainda não chegamos ao grau de articulação, tanto em investimento, quanto em rede, que precisamos".
Uma das propostas do Encontro: consolidar a Rede CUT de Comunicação para fortalecer a atuação dos sindicatos, confederações e movimentos sociais. Na foto, Rosane apresenta o projeto da Central na área de comunicação.
Leia também: Construção de rede de comunicação e combate aos monopólios devem caminhar juntos - site da CUT.
Foto: Roberto Parizotti/CUT