A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!
03 de Dezembro de 2012
Mulheres
Em 25 de novembro, comemora-se o Dia Internacional pela não-violência contra a mulher. Quem dera se pudéssemos comemorar algo nesta data. Embora o...
Em 25 de novembro, comemora-se o Dia Internacional pela não-violência contra a mulher. Quem dera se pudéssemos comemorar algo nesta data. Embora o Brasil tenha uma legislação altamente avançada como a Lei Maria da Penha, ainda necessitamos de mais empenho e resultados efetivos.
Somente no 1º semestre deste ano, o Disque-Denúncia (180) realizou 47,5 mil atendimentos sendo que 26,9 mil casos são de violência física. Esta violência tem muitos efeitos, como um gasto de R$ 5,3 milhões em atendimentos e internações via o Sistema Único de Saúde. Mais de 5 mil mulheres foram internadas – um número 2,5 vezes maior do que o de homens na mesma faixa etária internados.
Entre 1980 e 2010, quase 91 mil mulheres foram assassinadas no país. Inegavelmente, avançamos com a criação da Lei Maria da Penha, há seis anos. No entanto, reforçamos a necessidade de ampliar a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência.
O mundo do trabalho também sofre suas consequências com mulheres afastadas e com baixa produtividade por serem vítimas da violência.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo já reforçou, este ano, a necessidade de ampliar a rede de atendimento às vítimas com delegacias especializadas, centros de referências, casas-abrigo, entre outros equipamentos. Para tanto, renovou o pacto que prevê a implementação de medidas de proteção às mulheres em todos os estados brasileiros.
A Contracs apoia a luta das mulheres e faz deste 25 de novembro uma data para reafirmar que o enfrentamento é necessário. Somente através de movimentos da sociedade poderemos cobrar a efetividade na aplicação da Lei Maria da Penha e na criação de equipamentos de atendimento às vítimas.
Neste sentido, aproveitamos para reforçar a importância dos nossos sindicatos e federações filiados a se somarem a esta luta, participando das atividades construídas pelas CUTs nos estados ou mesmo construindo rodas de debates sobre a violência junto às bases.
Afinal, a violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer.