AkzoNobel: CNQ-CUT e Rede sindical apoiam a luta dos trabalhadores italianos em defesa do emprego
24 de Janeiro de 2014
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Primeira quinzena de dezembro 2013 – cidade de Bassano, Itália: depois do anúncio do fechamento da empresa, os trabalhadores deflagram...
Primeira quinzena de dezembro 2013 – cidade de Bassano, Itália: depois do anúncio do fechamento da empresa, os trabalhadores deflagram mobilização pela manutenção dos postos de trabalho
Lideranças sindicais organizam vigília diante do portão principal da empresa
Os trabalhadores italianos da AkzoNobel de Bassano não estão sozinhos na luta em defesa do emprego. No Brasil, a Rede de Trabalhadores/as no Grupo AkzoNobel e a CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT) estão sincronizadas para fortalecer a Rede Internacional e - com o apoio da IndustriALL Global Union - enfrentar a reestruturação produtiva em curso. Localizada no Norte da Itália, na província de Vicenza, a pequena cidade de Bassano foi surpreendida na primeira quinzena de dezembro de 2013 com o repentino fechamento da empresa: são 112 desempregados.
Convocados pela Associação Industrial de Vicenza para uma reunião, as lideranças sindicais foram notificadas às vésperas do Natal. “Não entendemos. Há trabalho, há um enorme potencial de produção e mesmo assim a empresa simplesmente fecha as portas”, explicam os funcionários. “São 112 famílias que estão aqui, com filhos, com dívidas e compromissos que dependem desses empregos”, enfatizam. Segundo a comissão de trabalhadores, todos estão chocados com os procedimentos e métodos adotados pela AkzoNobel porque já foi realizada uma reestruturação nessa mesma unidade há três anos. Na época ocorreram demissões, a multinacional solicitou um maior empenho de todos e prometeu estabilizar a situação. “Cumprimos todos os projetos e todas as metas definidas e agora estamos na rua? Estamos decepcionados”, afirmam os sindicalistas. Para eles, “com o envolvimento dos cidadãos da região, a estratégia é lutar pela manutenção dos postos de trabalho, inclusive para as futuras gerações”.
O coordenador da Rede sindical, Sérgio Carasso, também analisa com preocupação a atuação da multinacional no Brasil. “Aqui, o grupo AkzoNobel afirma que a unidade de Guarulhos (SP) deverá fechar até o mês de março. Mas não senta para negociar e dialogar sobre o destino dos trabalhadores. Queremos juntos avaliar a realidade dos funcionários e encontrar soluções conjuntas para adequar essa mão-de-obra que tanto lucro já acumulou para a multinacional. Aos companheiros italianos demonstramos toda a nossa solidariedade de classe”, arremata Carasso.
Rede Akzo Nobel Brasil: "Nosso total apoio à luta dos trabalhadores italianos em defesa do emprego"
A unidade fecha repentinamente, às vésperas do Natal 2013, e provoca um impacto social na pequena cidade italiana: 112 desempregados
Fotos: www.youtube.com