BASF: videoconferência reúne trabalhadores do Brasil e da Alemanha no último encontro do ano

A última reunião entre trabalhadores da BASF do Brasil e da Alemanha aconteceu no dia 26 de novembro, por videoconferência, na sede da CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico). Durante duas horas, integrantes da Rede sindical brasileira trocaram informações com os sindicalistas alemães, Fritz Hofmann e Hanz Koch, responsáveis pela integração entre os dirigentes dos dois países. “Esses dois companheiros são o nosso elo de ligação. A todo momento o capital está se adaptando. Temos hoje uma reestruturação global no mundo do trabalho e, para enfrentar esse desafio, pelo menos uma vez por mês contamos com essa ferramenta de comunicação para encurtar distâncias e agilizar nossos encaminhamentos”, explicou Airton Cano, membro da coordenação da Rede.

Fritz começou com os informes: “Na Alemanha a empresa anunciou que vai promover o aumento da competitividade no setor de pigmentos [tintas]”. O sindicalista destacou que, para alcançar essa meta mundial, a BASF apontou para:

• redução de 650 postos de trabalho até 2017 nesse segmento;

• fechamento de uma planta produtiva na Escócia;

• e redução de dois terços da mão de obra de uma planta existente na pequena cidade de Huningue, na França (fronteira com a Suíça).

“A estratégia é investir na China. Assim, o desemprego será uma tragédia para essa pequena localidade que vive praticamente em torno da multinacional”, lamenta Fritz.

(Leia sobre os protestos dos trabalhadores da BASF Huningue no site dos Químicos ABC, clique aqui. Para acessar o Facebook dos trabalhadores da unidade Huningue, clique aqui.)

Da esquerda para a direita: Sergio Novais, Airton Cano, Virgínia, Edson Passoni, Vicente e Reinaldo

(Fotos: Eduardo Oliveira/Sindicato Químicos SP)

O secretário de Administração e Finanças da CNQ-CUT, Sérgio Novais, explicou que a longo prazo os investimentos no Brasil apontam para a unidade de Jaboatão (PE) e de Camaçari (BA) – que está com o cronograma de construção atrasado. “Podemos nos organizar com o indicativo de um próximo Diálogo Social para o final de abril e início de maio de 2014”, salientou.

A campanha salarial da categoria, o chamado “Programa Vida em Equilíbrio” - implantado em todas as unidades da BASF -; a definição de metas inatingíveis por parte das chefias e o transporte para os funcionários também foram temas da videoconferência. “A empresa não pode dar as costas e deixar de atender os trabalhadores; o tempo que o funcionário gasta no trajeto casa/trabalho com transporte deve ser considerado”, defende Airton.

Também participaram da reunião: Virgínia, Vicente e Reinaldo, membros da Comissão de Empregados da BASF e Edson Passoni, dirigente do Sindicato dos Químicos de São Paulo.

Leia o informativo da Rede Sindical. Confira as novidades e os encaminhamentos concretos que estão sendo implementados pelo grupo. Para capturar o boletim na íntegra (clique aqui).