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Campanha Salarial do Setor Farmacêutico

17 de Abril de 2013

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Mobilização garante reajuste de 8,5%       16 abril 2013: O encontro para a assinatura do acordo coletivo reuniu representantes dos...

Mobilização garante reajuste de 8,5%

Fetquim Dino Santos

 

 

 

16 abril 2013: O encontro para a assinatura do acordo coletivo reuniu representantes dos sindicatos e das empresas do setor farmacêutico. A CNQ também esteve presente. Raimundo Suzart (esquerda), coordenador da Fetquim, encaminhou a abertura da solenidade.

 

 

 

 

 

 

Assembleias nos sete sindicatos vinculados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo (Fetquim) aprovaram a nova contraproposta patronal. O acordo coletivo do setor farmacêutico foi assinado na sede da Federação, no Centro de São Paulo, na terça-feira (dia 16), e passa a vigorar a partir de 1º de abril. As cláusulas sociais têm validade de dois anos. Os itens econômicos serão renovados no próximo ano.

José Isaac Gomes, da Secretaria Setorial Farmacêutica da CNQ-CUT, garante: “O índice de 8,5% foi o resultado das mobilizações nas empresas. Nas últimas semanas comparecemos nas portas das indústrias farmacêuticas para mobilizar a categoria e informar sobre o andamento das negociações. Os sindicatos não deram trégua aos patrões”. O reajuste salarial de 8,5% representa aumento real de 1,2% mais a reposição da inflação de 7,22% registrada nos últimos doze meses, de acordo com o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Para Raimundo Suzart, coordenador da Fetquim, foi uma das mais difíceis campanhas salariais. A Federação informa que, em relação às cláusulas sociais, não houve perda de direitos mas o setor patronal não contemplou as novas cláusulas propostas. No entanto, o Sindusfarma (Sindicato da Indústria Farmacêutica) se dispôs a debater a licença-maternidade de 180 dias no grupo de trabalho do setor farmacêutico. No prazo de seis meses deverá ser apresentada uma proposta sobre o tema. Assim, a Fetquim orienta pela continuidade da mobilização em cada fábrica, em cada local de trabalho, porque a campanha salarial foi finalizada mas os debates e a luta seguirão em busca de novas conquistas.

Conheça abaixo alguns dos principais pontos do dissídio coletivo. Agora é fiscalizar a aplicação de cada cláusula. Em breve, estaremos disponibilizando no site da CNQ o acordo coletivo na íntegra.

 

Confira algumas cláusulas:

• Reajuste Salarial:

- Para salários até R$ 5.800,00         = 8,5% de reajuste.

- Para salários acima de R$ 5.800,00 = reajuste fixo no valor de R$ 493,00.

 

• Piso:

- R$ 1.049,73 = para empresas com até 100 trabalhadores.

- R$ 1.182,50 = para empresas acima de 100 trabalhadores.

 

• PLR/PPR:

- R$ 1.108,05 = para empresas com até 100 trabalhadores.

- R$ 1.537,25 = para empresas acima de 100 trabalhadores.

 

• Abono:

- De R$ 700,00.

Pagamento em duas parcelas iguais de R$ 350,00 (em julho e outubro) ou parcela única (em setembro).

 

• Vale-alimentação:

- R$ 85,00   = para empresas com até 100 trabalhadores (20%).

- R$ 135,00 = para empresas acima de 100 trabalhadores (26%).

Nas empresas em que o vale-alimentação for superior a R$ 135,00, o reajuste será de 8,5%.

 

• Acesso de medicamentos:

- Reajustes pelo índice do reajuste salarial = 8,5%.

Obs: o teto é de 4,59% do salário. Para salários acima de R$ 5.447,99 o limite do subsídio é o valor fixo de R$ 1.563,41.

 

 

 

 

 

Foto: Dino Santos/Acervo Fetquim