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CNQ-CUT recebe a visita de sindicalistas mexicanas

30 de Agosto de 2013

Mulheres

A Secretaria da Mulher Trabalhadora apresenta o programa Formaqui-Mulher  Lucideide Varjão Soares (quarta), presidenta da Confederação...

A Secretaria da Mulher Trabalhadora apresenta

o programa Formaqui-Mulher

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 Lucideide Varjão Soares (quarta), presidenta da Confederação, ressalta a importância dos dez anos do projeto de formação. Na foto (da esquerda para a direita): Fabio Lins, Marilane Teixeira e Lucimar Rodrigues da Silva

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O projeto Formaqui-Mulher foi o tema da reunião entre a delegação de onze sindicalistas filiadas à UNT México (União Nacional dos Trabalhadores) e dirigentes sindicais da categoria. O encontro aconteceu na manhã da quinta-feira, dia 29, na sede da CNQ-CUT e marcou uma semana de intensa programação em torno da temática feminista. O intercâmbio foi intermediado pela FES (Fundação Friedrich Ebert).

Lucineide Varjão Soares, presidenta da Confederação, saudou as companheiras e destacou que o Formaqui-Mulher é um programa de capacitação desenvolvido especialmente para as trabalhadoras do ramo químico: “Foi a CNQ que gestou esse projeto que completa dez anos com o objetivo de contribuir na organização autônoma das mulheres a partir do debate de temas específicos”.

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Para apresentar um panorama dessa história, Lucimar Rodrigues da Silva, que assumiu a Secretaria da Mulher Trabalhadora, apresentou o perfil da Confederação e a experiência acumulada no período. “O programa começou em São Paulo, em 2003. Até agora o trabalho envolveu mais de 300 mulheres e se ampliou para o Rio de Janeiro e Bahia. A atividade está direcionada para as sindicalistas e, sobretudo, para as companheiras da base. Eu e várias colegas aqui presentes já passamos pelos cursos”.

Lucíola Conceição dos Santos Semião, dirigente da CNQ-CUT e do Sindiquímica Bahia, completou: “Sim, o programa surtiu frutos e a gente não desiste. Se fosse fácil, não estaríamos aqui. Gostamos de desafios e hoje temos muito para dividir. Este projeto é de muito orgulho para todas nós”.

Marilane Teixeira, assessora econômica da Confederação e especialista em relação de trabalho e gênero, mostrou que a estratégia também é ampliar direitos: “Buscamos sempre avançar nas pautas de negociação coletiva discutindo temas como, por exemplo, licença-maternidade”. Ela também abordou a importância da MMM (Marcha Mundial das Mulheres) e da conquista da paridade como um marco das mulheres da CUT. Vale lembrar que a partir das próximas eleições da Central, previstas para 2015, a direção da executiva nacional e também das estaduais terão de destinar 50% dos cargos para cada gênero.

Lucineide explicou: “Chegar à presidência não foi fácil. É o resultado de um trabalho coletivo e a responsabilidade agora é redobrada. Temos de reconhecer que muitas companheiras vieram antes de mim nessa luta. São décadas de empenho e dedicação. Por isso, se hoje convencemos uma companheira a participar do Formaqui-Mulher, amanhã esse número aumenta para três. O efeito é multiplicador”.

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Martha Heredia (esquerda), líder da delegação mexicana, agradeceu a oportunidade: “Este trabalho de formação para nós é estratégico. Saímos daqui com a certeza de que temos de pensar, analisar de maneira rápida e assumir essa tarefa com profissionalismo. No México também temos muitas trabalhadoras combativas que têm o objetivo de alcançar a igualdade de condições”.

 

 

 

 

 

 

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Conheça e participe do programa Formaqui-Mulher

• O programa foi criado em 2003 e conta com 10 anos de experiência.

• Em uma década formou mais de 300 mulheres.

• Nasceu em São Paulo e hoje também é desenvolvido na Bahia e Rio de Janeiro, com metas de ampliação para outros estados.

• Público-alvo: mulheres sindicalistas e trabalhadores de base.

• Conteúdo dos quatro módulos:

Módulo 1 = Construção social de gênero e luta das mulheres / Sindicato e a organização das trabalhadoras.

Módulo 2 = Saúde e sexualidade da mulher trabalhadora / Aborto, Aids e violência contra as mulheres.

Módulo 3 = Trabalho produtivo e divisão sexual do trabalho.

Módulo 4 = Desafios para a organização sindical e negociação coletiva.

• Resultados concretos: fortaleceu a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CNQ-CUT, ampliou a participação das mulheres nos espaços sindicais, colocou em debate os temas de gênero e a desigualdade existente entre homens e mulheres, entre outros.

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Delegação da UNT (Unión Nacional de Trabajadores) do México:

1. Martha Heredia Figueroa, Vicepresidencia de Género de la UNT-Mx

2. Hilda Ramírez Garcia, Coordinadora Nacional de Género del Frente Auténtico del Trabajo (FAT)

3. Ana Maria Nolasco Cano, Sindicato de Trabajadores de la Universidad Autónoma de México (STUNAM)

4. María de la Luz Hoyos, Secretaria de Género del Sindicato de Telefonistas de la Republica Mexicana

5. Eva Castro Cid, Comisionadas de Género en el Sindicato Independencia de Personal de Tierra de Aviación

6. Mónica Raquel García Bobadilla, Comisionada de Capacitación en el Sindicato Independencia de Personal de Tierra de Aviación

7. María de Lourdes Ángeles, Sindicato de Trabajadores de Telecomunicaciones

8. Luz Maria Rocha, Secretaría de Asuntos de la Mujer del STUNAM

9. Bianca Sonia Villalba de la Cruz, STUNAM

10. Beatriz Cortés Loredo, STUNAM

11. Inés Gonzales Nicolás, Directora del Proyecto Sindical de la FES en México

 

 

Entidades representadas no encontro:

- FES

- CNQ-CUT

- Sindicato dos Químicos de SP

- Sindicato dos Químicos do ABC

- Sindiquímica Bahia

- Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo

- Sindicato dos Vidreiros de SP

 

 

Fotos: Acervo CNQ-CUT e Roberto Parizotti/CUT (Martha Heredia)