CNQ lamenta morte de companheiro vidreiro em acidente de trabalho

A CNQ-CUT se solidariza com familiares, amigas, amigos, companheiras e companheiros de trabalho, lamenta profundamente a trágica e precoce morte do trabalhador Antônio Carlos Tola Júnior, no último dia 26 de novembro. Vítima de acidente de trabalho na planta de São Paulo da Owens Illinois, ele tinha 43 anos e deixa esposa e filha.

 

Diretor de base do Sindicato dos Vidreiros de São Paulo, Josemar Souto afirma que o fato poderia ter sido evitado, pois o forno no qual ocorreu o vazamento que promoveu queimaduras em 70% do corpo de Antônio Carlos operava com capacidade acima da recomendada desde 2013.

 

O máximo para extração era de 280 toneladas/dia, mas o maquinário processava cerca de 340 toneladas. “Já havia vazado outras quatro vezes, mas, dessa, houve vítimas”.

 

A sobrecarga, segundo o dirigente, acelera o processo de desgaste do equipamento e exige remendos. “Possivelmente, estava muito fina a parede do refratário onde a manutenção estava sendo feita no momento do acidente”.

 

Além de Antônio Carlos, que era coordenador dos fornos da empresa, outros 4 trabalhadores foram feridos pelo vazamento. Dois deles chegaram a ser internados, mas não correm mais riscos de morte.

 

O dirigente dos Vidreiros afirma que um ato em protesto à morte do trabalhador está sendo organizado, na unidade da Owens Illinois em São Paulo, para esta quarta-feira (1/12).

 

Junto à CNQ-CUT e à IndustriALL Global Union, o sindicato espera levar o caso a conhecimento de outras organizações mundo afora, busca rígida apuração sobre os fatos e o posicionamento da matriz da indústria de vidros, nos Estados Unidos. 

 

“Não vamos recuperar a vida do nosso companheiro, mas não podemos tolerar qualquer indício de impunidade”, diz Josemar.

 

 

IVONETE PEREIRA CÉSAR

Secretária Setorial Vidros e Cerâmica