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CNQ marca presença em mais um ato Mulheres pela Democracia!

08 de Abril de 2016

Mulheres

A presidenta da CNQ Lucineide Varjão participou nesta quinta-feira, 7 de abril, do Encontro das Mulheres com Dilma, no Palácio do Planalto em Brasília, para manifestação contra o golpe. Estavam presentes quase mil mulheres, muitas sindicalistas da CUT e de outras centrais sindicais, outras líderes e militantes de diversos movimentos sociais, populares e feministas que vieram de todas as regiões do país.

Dilma foi recebida com palavras de ordem como: não vai ter golpe, vai ter Dilma!

“Eu tenho consciência de que o que está em questão neste encontro não é o apoio de caráter pessoal, mas aquilo que represento: a democracia e o Estado de Direito, sobretudo um apoio à nós, mulheres”, disse Dilma emocionada. “Não está escrito na nossa Constituição que o presidente eleito pode sofrer impeachment porque o país passa por dificuldades na economia ou porque cidadãos não gostam dele por qualquer razão. Num sistema presidencialista é necessário ter base judicial e política para tirar o presidente”, afirmou.

Pato de Tróia

A presidenta também falou sobre a crise econômica e disse também que grupos contrários ao governo querem propor um pacto que não estão de acordo com os princípios do governo dela, referindo-se a proposta da FIESP de retomada da agenda neoliberal com ataques aos direitos trabalhistas liberando a terceirização, privatização das empresas e bancos públicos e entrega do Pré-Sal para as empresas estrangeiras.

“Desde que assumi o segundo mandato, desde a primeira hora, busco, busquei e buscarei consensos capazes de superar toda e qualquer crise, mas o entendimento ou um pacto tem como ponto de partida algumas condições: respeito ao voto, o fim das pautas bombas no Congresso, pautas que não contribuem para o país, unidade pela aprovação de reformas, a retomada  do crescimento econômico, a preservação de todos os direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras e a necessária, imprescindível e urgente reforma política”, disse.

“Eu tenho responsabilidade com a democracia, com a retomada da econômica, com a geração de empregos e com a inclusão social”, destacou.

As brasileiras e os programas sociais

Para a presidenta da CNQ, os dados apresentados por Dilma no encontro fortalecem a luta das mulheres. “Somos a maioria no FIES, Prouni e Pronate e quase a totalidade de titulares no Bolsa Família, Minha Casa e Minha Vida e nas cisternas instaladas. Esse é o retrato da estratégia do governo para corrigir as desigualdades construídas historicamente no nosso país. E é também revelar de que com o golpe, seremos as mais atingidas com o fim dos programas sociais e precarização generalizada no mercado de trabalho”, pontuou.