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CNQ marca presença na Marcha das Margaridas 2019

14 de Agosto de 2019

Mulheres

A Marcha das Margaridas é a maior ação de mulheres da América Latina

Hoje elas estão colocando suas vozes nas ruas, os corpos e os chapéus de palha para chamar atenção para a agroecologia e o enfrentamento da violência contra a mulher no campo. Estão denunciando o machismo, o descaso das autoridades e mostrando sua força. São as margaridas - agricultoras familiares, ribeirinhas, quilombolas, pescadoras, extrativistas, camponesas, quebradeiras de coco, trabalhadoras urbanas, sindicalistas e dos movimentos feministas e de mulheres indígenas.
 
A secretária da Mulher da CNQ/CUT, Lucimar Rodrigues da Silva, esteve presente ao lado de outras companheiras do ramo químico, borracheiro e papeleiro nesta Marcha das Margaridas 2019. "As conquistas que as mulheres alcançaram foram por meio da luta. A marcha mostra a força da mulher", explica.
 
Pontualmente às 7h30, as margaridas saíram do Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, para marchar em direção à Esplanada dos Ministérios, um centro de decisões chave para o País. Segundo estimativas, elas somaram mais de 100 mil.
 
Força Nacional para amedrontar
 
A pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o ministro da Mentira e da InJustiça, Sérgio Moro, determinou o uso da Força Nacional com a desculpa de "proteger" a área da Esplanada dos Ministérios nesta quarta. Na verdade, a tentativa foi de intimidar as mulheres com a coerção policial - algo que as mulheres já enfrentam no dia a dia, em suas casas, trabalhos e até na rua. 
 
A solicitação também foi feita para as manifestações pela educação e contra a reforma da Previdência que aconteceram, na terça-feira (13/07), na área central de Brasília.
 
A Marcha das Margaridas é a maior ação de mulheres da América Latina. A defesa pelo modo de vida das margaridas é um ponto permanente, que passa, também, pelo direito à terra e à denominação na titulação conjunta da propriedade – uma demanda conquistada pelas mulheres na Marcha de 2003, no governo do ex-presidente Lula. 
 
Margaridas
 
O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.
 
Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Por mais de dez anos à frente do sindicato, Margarida lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas.
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