Com plano de lutas, Encontro do Macrossetor Indústria chega ao fim em SP

Após um intenso primeiro dia de atividades e debates, o Encontro do Macrossetor Indústria chegou ao seu fim no dia 9 de novembro. A pioneira iniciativa da CUT, que também terá encontro dos setores comerciários, serviço público e rurais, visava pensar propostas do movimento sindical para a indústria brasileira e fortalecer a ação conjunta dos diferentes ramos que compõe um setor da economia.

As principais resoluções deram conta da construção de uma carta com reivindicações dos macrossetores da indústria para serem apresentadas para a presidência da república. Também foi definida um grupo de trabalho de 3 anos sobre esse tema, que terá sua coordenação composta pelos presidentes de cada ramo e o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, que se responsabilizará por levar adiante os resultados dos grupos de trabalho que aconteceram na manhã do último dia de encontro.

Para Arlindo Belo da Silva do Sindicato dos Químicos de Pernambuco, direção da CNQ e da CUT-PE, "A importância é grande pois nós temos já um certa idade dentro do ramo, como CNQ, e nós até agora ainda não amadurecemos a importância deste tipo de organização. Queremos tirar a CNQ do amadorismo e levar para o campo da organização e da luta, de elaborar esse plano. Queremos que seja no sentido da entidade e para levar para as bases de sustentação que são os sindicatos. Então o macrossetor chamou essa responsabilidade para o ramo e dentro do ramo a CNQ será a responsável por elaborar o plano de ação no segmento para sustentar a CUT e suas lutas, pensando em planos macros, saindo da ação apenas local do sindicato, mas construir uma perspectiva de âmbito nacional".

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT e um dos organizadores do evento, relevou a importância do encontro por seu ineditismo: "O encontro, por reunir os diferentes ramos da indústria que nunca antes na história da cut se reuniram para covnversar, já é por si só uma vitória". Mas para ele, o grande ganho foi a certeza da unidade: "A crise do setor da indústria é muito grande para enfrentarmos sozinhos. Saímos com um bom plano de lutas e acima de tudo, unidos para conseguir avanços"."Daqui a 20 anos a história vai contar que a unidade dos ramos da indústria surgiu aqui, que começamos a vencer essa batalha neste momento. O mundo tá discutindo a indústria e não podemos entrar neste debate desarticulados", finalizou Nobre.