Conferência dá a largada na Campanha Salarial do Setor Farmacêutico
08 de Fevereiro de 2012
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Os trabalhadores(as) da indústria farmacêutica participaram na sexta-feira, 3 de fevereiro, da Conferência preparatória da Campanha Salarial 2012....
Os trabalhadores(as) da indústria farmacêutica participaram na sexta-feira, 3 de fevereiro, da Conferência preparatória da Campanha Salarial 2012. Com data-base em 1 de abril, este ano serão negociadas somente as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva: reajustes de salários; piso (que está em R$ 1.000), PLR mínima (hoje em R$ 1.300), vale-alimentação (atualmente em R$ 100); e acesso a medicamentos (subsídio de 80% para salários até R$ 1.474,41; 50% para salários de R$ 1.474,42 até R$ 2.379,30; e 30% para salários acima de R$ 2.379,30). As demais cláusulas foram aprovadas pelos trabalhadores em 2011 com vigência até março de 2013.
Após a apresentação do economista Thomaz Jensen, da subseção Dieese do Sindicato, seguida por uma breve discussão entre os presentes, os trabalhadores(as) indicaram algumas propostas para a Pauta de Reivindicações deste ano: a necessidade de 6% ganho real para os salários, elevação do piso para R$ 1.350, da PLR mínima para R$ 2.000 e do vale-alimentação para R$ 150. Apontaram também o problema da rotatividade como um limitador para a elevação da renda dos trabalhadores e para a evolução na carreira dentro das empresas, além de propor que as condições de trabalho sejam avaliadas para a verificação sobre os pagamentos de adicionais para trabalhadores que, na produção de medicamentos, manipulem produtos químicos.
Essas propostas serão levadas para a Assembléia preparatória da Campanha, em 10/2, que será mais uma vez coordenada pela FETQUIM-CUT. As propostas serão debatidas conjuntamente com as propostas dos Químicos de São Paulo, Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo, Químicos de Jundiaí e Químicos de São José dos Campos, para serem sistematizadas e apresentadas à negociação com a patronal.
Como anda a Indústria Farmacêutica
Faturamento recorde
Os resultados da indústria farmacêutica no Brasil foram muito positivos em 2011. Segundo dados da própria entidade que representa a patronal nas negociações com os trabalhadores, o SINDUSFARMA, o volume de vendas cresceu no ano passado, somando 2,3 bilhões de unidades comercializadas. E, por conseqüência, o faturamento líquido das empresas instaladas no Brasil cresceu 15,3% em relação a 2010, e atingiu 41,7 bilhões de Reais.
Rotatividade e desigualdade de remuneração
De janeiro a novembro de 2011, foram 13.433 trabalhadores admitidos e 11.436 trabalhadores desligados pelas indústrias farmacêuticas no nosso estado. A diferença positiva de 1.997 trabalhadores mostra que a redução de jornada contribuiu para a geração de postos de trabalho na categoria. Entretanto, os dados também são um alerta para a elevada rotatividade ainda presente no setor
Reajuste necessário para os salários
A inflação estimada para a data-base da categoria é de 5,60%, se utilizarmos o INPC do IBGE, e de 4,73% se utilizamos no cálculo o Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo DIEESE. Como a data-base é em abril, ainda faltam os indicadores de janeiro, fevereiro e março para termos o percentual final de reajuste necessário para recompor