Congresso da FUP teve a maior delegação de mulheres petroleiras da história

O XVIII Congresso da Federação Única dos Petroleiros (CONFUP), que aconteceu entre os dias 3 e 6 de agosto, em Salvador (BA), registrou a maior delegação de mulheres da sua história. Petroleiras aposentadas, da ativa e da direção sindical participaram intensamente dos debates em defesa da Petrobrás e puderam comemorar a eleição de oito mulheres na nova direção da FUP. 

Pela primeira vez em sua história, a FUP elege uma diretoria com várias mulheres. Em toda sua trajetória, a federação nunca teve mais do que uma única diretora. Essa última direção, por exemplo, era formada somente de homens. Dessa vez, são oito petroleiras que reforçam a condução da entidade.

A eleição das oito mulheres atende ao cumprimento da cota de 17%, proporcional ao número de trabalhadoras do Sistema Petrobrás e que foi aprovada há três anos, no Confup. A nova direção da Federação Única dos Petroleiros, que vai atuar no triênio 2017-2020, é composta por 36 integrantes, sendo 17% de mulheres.

“Saímos de zero para oito mulheres na direção da FUP e isso só foi possível com muita luta e organização”, afirmou Cibele Vieira, coordenadora do Unificado e que passa a fazer parte da diretoria executiva da entidade. 

Na direção executiva, que conta com 15 membros, foram eleitas três petroleiras: Cibele Vieira (Sindipetro Unificado-SP), Rosângela Maria (Sindipetro-BA) e Fátima Viana (Sindipetro-RN). Ficaram na suplência Miriam Cabreira (Sindipetro-NF), Anacélie Azevedo (Sindipetro-PR/SC) e Priscila Patrício (Sindipetro-ES). No Conselho Fiscal são duas suplentes: Andressa Donadio Delbons (Sindipetro-Caxias) e Rosana Novacowiski (Sindiquímica-PR).

Luta por mais espaço feminino começou no Unificado

O pontapé inicial da luta das mulheres em busca de mais espaço e visibilidade na categoria foi dado pelo Unificado, com a formação de um Coletivo de Petroleiras, em 2009. Posteriormente, a diretora Marbe Noguerino, que se dedicava à causa, conseguiu mobilizar petroleiras de outras bases sindicais e, em 2012, na III Plenafup, foi criado o Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras. Marbe foi escolhida como a coordenadora. “Nunca tive dúvidas da nossa força e de que somos muitas. Por isso, me empenhei tanto para a formação do nosso Coletivo. Afinal, lugar de mulher é onde ela quiser e ela quer estar em todos”, destacou.

CNQ parabeniza as petroleiras

A presidenta da CNQ, Lucineide Varjão,acompanhou pessoalmente todo o Congresso e comemorou a participação das petroleiras na direção da FUP. "Sabemos que a caminhada foi longa pra chegar no estágio atual de organização, mais aos poucos está sendo construída uma nova história no movimento sindical, social e partidário!", comentou ao final do evento.

Com informações da FUP