CUT e movimentos sociais vão às ruas nesta quinta (2) contra proposta de BC independente
02 de Outubro de 2014
Brasil
Por CUT-SP Nesta quinta (2), com concentração a partir das 15h, a CUT, o Comando Nacional dos Bancários (Contraf), sindicatos filiados e movimentos...
Por CUT-SP
Nesta quinta (2), com concentração a partir das 15h, a CUT, o Comando Nacional dos Bancários (Contraf), sindicatos filiados e movimentos sociais estarão na Avenida Paulista nº 1804 para protestar contra as propostas de independência do Banco Central (BC) e para defender o fortalecimento do papel dos bancos públicos – temas centrais do debate eleitoral e sobre os quais a classe trabalhadora tem posição histórica definida.
No mesmo dia, atos ocorrerão nacionalmente em frente às representações do BC no Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, entre outros locais.
A CUT e os sindicatos filiados entendem que a medida significa tirar das mãos do Estado e entregar ao mercado o controle democrático da política econômica de regular os bancos e de impedir abusos contra o consumidor e ataques contra a economia. A proposta também reduz a importância do papel dos bancos públicos, que dão aporte a políticas públicas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Minha Casa, Minha Vida.
É papel do Banco Central o controle da inflação, o estabelecimento da taxa de juro e do valor do câmbio, itens que interferem diretamente na economia e no cotidiano dos trabalhadores/as, como a geração de empregos e a disponibilidade de crédito. E sem a atuação dos bancos públicos não há interesse dos bancos privados em conceder crédito acessível para a casa própria, à agricultura e para micros e pequenas empresas.
Para a Central, é fundamental fazer esse debate com a sociedade porque, após 12 anos nos quais o Banco Central e os bancos públicos têm sido instrumentos de políticas econômicas e de desenvolvimento social, é lamentável que candidatos assumam bandeiras neoliberais gestadas pelos bancos privados e pela Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban).
“É importante alertar quanto ao perigo de conceder a alguns indivíduos a liberdade para acionar, sem qualquer restrição, instrumentos tão poderosos como são os de intervenção monetária, com impactos para todos os cidadãos. A política monetária deve ser coordenada com as demais políticas econômicas e sociais, com o objetivo não apenas de combater a inflação, mas também de garantir o bem estar da sociedade, dentre eles, a garantia do emprego”, afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, em artigo publicado no portal da Central.