Delegados/as aprovam estratégias e plano de lutas da CUT/SP
21 de Maio de 2012
Brasil
Paridade entre homens e mulheres, reorganização das subsedes e enfrentamento ao governo PSDB/DEM foram algumas das resoluções...
Paridade entre homens e mulheres, reorganização das subsedes e enfrentamento ao governo PSDB/DEM foram algumas das resoluções aprovadas
Flaviana Serafim e Tatiana Melim - CUT/SP
A sexta-feira, terceiro dia do 13º CECUT, foi marcada pela apresentação e aprovação de propostas que farão parte das estratégias e do plano de lutas da CUT/SP para o próximo período, além da aprovação do texto base e encaminhamentos a serem ratificados em julho, durante o Congresso Nacional da CUT (11º CONCUT).
Entre os principais pontos deliberados para encaminhamento estão o combate às políticas neoliberais do governo do Estado de São Paulo, que há cerca de 20 anos implanta a política do Estado mínimo e mantém São Paulo no atraso; e a atualização do projeto político-organizativo da CUT, reorganizando a atuação e a redistribuição de munícipios entre as subsedes em todo o estado.
A necessidade de mudança do sistema financeiro nacional para combater a alta dos juros e a exclusão bancária da população também foi debatido e deliberado durante os trabalhos. É incompatível que o Brasil tenha o maior spread bancário do mundo, mesmo com os R$ 53 bilhões de lucro líquido registrado em 2011, e outros R$ 76 bilhões arrecadados pelos bancos privados com as tarifas de serviços que cobrem 125% da folha de pagamento.
“Os bancos não gostam de pobres e criaram um processo de segregação”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiário de São Paulo, Osasco e Região, ao defender a proposta e explicar que 33% das cidades brasileiras não têm nenhuma agência bancária e 44% da população não tem conta.
Na área da educação, decidiu-se ampliar as mobilizações pelo cumprimento da lei do piso nacional do magistério, não só no que diz respeito ao salário dos professores, mas também para validar a jornada de trabalho extraclasse definida pela legislação.
Para o setor energético, o foco foi energia para o desenvolvimento, com renovação de concessões condicionada à redução de tarifas e fim das terceirizações do trabalho. Também foi sugerida campanha de esclarecimento quanto à necessidade de apropriação da riqueza hidráulica do país pelos brasileiros e brasileiras.
A paridade entre homens e mulheres na Direção da CUT foi aprovada no Congresso Estadual e a proposta será encaminhada para ratificação durante o 11º CONCUT. (Clique aqui e saiba mais)
A luta pela aprovação do Projeto de Lei Complementar 122/2006 (que criminaliza a discriminação por orientação sexual) foi acatada pelo plenário, bem como a contratação de transexuais na CUT e a criação de coletivos LGBTs nas subsedes e sindicatos.
A luta pela realização da II Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM) também será ampliada e precedida de encontros sobre o tema para aprofundar o debate, além da cobrança por melhor qualidade e ampliação dos serviços de banda larga para democratizar o uso da rede mundial.
Foi aprovada, ainda, proposta de mudança estatutária para aumentar o número de membros da executiva nacional da CUT com criação das secretarias adjuntas de Administração e Finanças, Geral e Relações Internacionais. Em sua defesa, Vagner Freitas, tesoureiro nacional da CUT, justificou a alteração para que os secretários possam dividir as funções políticas e bu