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Desafio da Fitem é defender trabalho decente nas mineradoras

22 de Setembro de 2015

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Com carta sindical confirmada, Federação de Mineiros representará categoria em sete estados

Após quatro anos de fundação, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Extração Mineral do Brasil (Fitem) conquistou em julho deste ano a carta sindical e a legitimidade para representar uma base com cerca de 40 mil trabalhadores (Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Amazonas, Sergipe, Pernambuco e Minas Gerais).

Com uma direção provisória até novembro, quando a definitiva será eleita em congresso marcado para os dias 10, 11 e 12, em São Paulo, cabe à Fitem negociar com multinacionais canadenses, africanas, europeias e latino americanas, entre elas, a Vale do Rio Doce, desafio que, segundo o presidente da federação, Jorge Campos, demanda o fortalecimento da categoria em campanhas unificadas.

“A Federação é resultado de uma luta que travamos desde 1992, para organizar o setor e fortalecer os sindicatos. Há uma série de questões que precisamos tratar, salários abaixo do mínimo, por exemplo”, denuncia a presidenta da CNQ-CUT, Lucineide Varjão.

Ela explica que a aproximação dos trabalhadores mineiros fez surgiu a ideia de encontrar alternativas para o fortalecimento da luta da categoria e, naturalmente, resultou na reconstrução da Fitem, que não existia com esse nome e atuava sem a relevância de uma federação. A partir daí, a Confederação criou um setor de mineração, aprofundou o diálogo com os sindicatos e, apoiada pela CUT, conseguiu fazer ressurgir a Fitem.

De início, a Fitem já terá o desafio de enfrentar os retrocessos presentes no Projeto de Código de Mineração e que estabelece novas regras para a exploração de minerais no país. “Na forma como está sendo discutido, fica pior do que já está. Estamos alterando uma lei de 1967 e essa é uma grande oportunidade para abrir o debate com a sociedade. Mas a nova legislação não prevê pontos fundamentais, como agregar mais valor à matéria-prima que exportamos”, explica o Secretário de Mineração da CNQ, Rosival Araújo.

Por: Luiz Carvalho – CUT Nacional