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Dia 17: petroleiros iniciam greve em todas as unidades da Petrobras

16 de Outubro de 2013

Geral

    Seguindo os indicativos da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e de seus sindicatos filiados, os trabalhadores da Petrobras e...

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Seguindo os indicativos da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e de seus sindicatos filiados, os trabalhadores da Petrobras e subsidiárias aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, 17. Os trabalhadores lutam por avanços na campanha reivindicatória, cuja proposta apresentada pela empresa no dia 7 foi amplamente rejeitada. Os petroleiros também exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21. Outro ponto central da greve é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330, que escancara a terceirização para as atividades fim, acaba com a responsabilidade solidária das empresas contratantes e ataca direitos históricos da classe trabalhadora.

A greve foi aprovada em todas as bases da FUP, de Norte a Sul do país, e começa a partir da zero hora desta quinta nas refinarias, terminais, plataformas de petróleo, campos terrestres de produção, usinas de biodiesel, termoelétricas e unidades administrativas da Petrobras, Transpetro e demais subsidiárias. Na Lubnor, no Ceará, os trabalhadores farão uma assembleia na manhã desta quinta para avaliar se aderem à greve, que foi aprovada nas demais bases do estado.

Na Bahia, o Sindicato dos Petroleiros, junto com a CUT, já iniciou nesta quarta-feira, 16, uma grande mobilização com os trabalhadores terceirizados que atuam nas unidades do Sistema Petrobras. Na Bacia de Campos, o Sindipetro orientou os trabalhadores das 39 plataformas que aprovaram a greve a realizarem assembleias simultâneas em todas as salas de controle a partir das 19 horas desta quarta para estabelecer estratégias de parada de produção, entrega da plataforma e solicitação de desembarque.

A greve contará com a participação dos trabalhadores terceirizados, que exigem que a Petrobras e subsidiárias implementem nesta campanha o fundo garantidor. Sindicatos que organizam esses trabalhadores, como metalúrgicos, construção civil, vigilantes, entre outras categorias, atuarão em conjunto com os Sindipetros ao longo de toda a greve.

 

Luta para barrar o leilão de Libra e o PL 4330

Nesta quinta-feira, dia 17, data do início da greve dos petroleiros, vários atos e manifestações públicas tomarão as principais capitais do país denunciando os riscos à soberania e os prejuízos que a nação brasileira terá caso Libra seja apropriado por petrolíferas transnacionais. Nos últimos meses, a FUP e os sindicatos de petroleiros têm realizado uma intensa campanha junto com os movimentos sociais para impedir que o governo privatize o campo de Libra.  No aniversário de 60 anos da Petrobras, no dia 03 de outubro, a categoria parou por 24 horas, em protesto contra o leilão.

Libra foi descoberto pela Petrobras e tem reservas entre 12 e 15 bilhões de barris, um patrimônio estimado em 1 trilhão e 500 bilhões de dólares. "Por lei, o governo pode permitir que esse reservatório fique inteiramente com a estatal mas, em vez disso, quer entregar o tesouro às multinacionais", alerta o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes.

Para os petroleiros, o leilão de Libra e o Projeto de Lei 4330 colocam em risco não só a soberania e o desenvolvimento do país, mas também direitos e condições de trabalho. "Ao liberar a terceirização de atividades fim e acabar com a responsabilidade solidária das empresas contratantes, o PL 4330 deixa os trabalhadores, principalmente os petroleiros, ainda mais vulneráveis à precarização", ressalta Moraes.

 

 

Plataforma Operária e Camponesa para Energia

ocupa Ministério da Agricultura

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Mobilizações serão intensificadas nesta quinta-feira, 17, Dia Nacional de Luta contra o Leilão de Libra.

Sintonizados com as ocupações que ocorreram em nove estados do país, a FUP participou na manhã desta quarta-feira, 16, da ocupação do Ministério da Agricultura, em Brasília (fotos), junto com os movimentos sociais do campo, entre eles, os que integram a Via Campesina (MAB, MST, MPA, MMC, MPP), a Contag e Fetraf, para reivindicar a desapropriação de terras para reforma agrária e a instituição de uma política econômica de crédito para os camponeses.
Hoje, as mobilizações foram focadas na questão alimentar e da reforma agrária e, amanhã, as ações no Congresso e nos demais estados do país, serão voltadas para o Dia Nacional de Luta contra o Leilão de Libra, que está previsto para o dia 21.
A ocupação desta quarta-feira faz parte da Jornada Unificada de lutas da Plataforma Operária e Camponesa para Energia que conta com a participação da FUP que, nas últimas semanas, tem se mobilizado em diversos ministérios, em Brasília, para reivindicar pleitos dos trabalhadores do campo e da cidade, principalmente, o cancelamento do leilão de Libra, tema que ocupa a ordem do dia devido aos riscos que representa à soberania nacional.
Desde o dia 02, a FUP, MAB, Via Campesina e demais movimentos sociais estão acampados na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional e permanecerão mobilizados até que o leilão seja suspenso.

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Fotos: Acervo FUP, Wilson Dias/Agência Brasil (Ministério da Agricultura, Brasília)