Encontro do Macrossetor da Indústria da CUT começa em São Paulo com participação da CNQ
08 de Novembro de 2012
Brasil
O Encontro do Macrossetor da Indústria da CUT, que acontece entre os dias 8 e 10 de novembro no Hotel Transamérica, em São Paulo, começou nesta...
O Encontro do Macrossetor da Indústria da CUT, que acontece entre os dias 8 e 10 de novembro no Hotel Transamérica, em São Paulo, começou nesta quarta-feira com intensos debates. A coordenadora da CNQ, Lucineide Dantas Varjão (Lú), esteve presente na mesa de abertura, fazendo uma saudação, e na mesa da tarde, apresentando as propostas do movimentos sindical para a indústria nacional.
A iniciativa é de caráter pioneiro, ao organizar os setores do movimento sindical para pensar propostas de desenvolvimento para a indústria e para o país, a partir de princípios populares, de igualdade e de trabalho decente, tirando o monopólio da discussão do Estado e das empresas.
Sendo assim, o encontro tem entre seus objetivos: Aprofundar a reflexão sobre os rumos da indústria no Brasil, a partir de uma visão mais geral da crise econômica internacional, da dinâmica da economia brasileira e de sua inserção nos processos produtivos no âmbito regional e global, analisar o atual papel do Estado no processo de estruturação da indústria brasileira, avaliar o impacto desses processos no desenvolvimento da indústria nas diferentes regiões do país, identificar os principais desafios que os sindicatos da CUT dos ramos da indústria enfrentam no plano nacional e regional, com destaque para o emprego, as relações de trabalho, a organização e a representação sindical e finalmente definir a política de organização e de ação da CUT para o macrossetor da Indústria.
A parte da manhã foi reservada para a abertura política do evento com o mote "Crise Econômica Internacional e a Indústria Brasileira, com a mediação do jornalista Paulo Henrique Amorim. Sérgio Nobre e Carmen Foro, secretário geral e vice-presidente da CUT, Lucineide Dantas Varjão, da CNQ, além de representantates das diferentes confederações que compõe a indústria brasileira.
Foi ressaltado o papel de um projeto nacional de indústria no estabelecimento de justiça social: “Matar a indústria é matar nosso projeto de desenvolvimento econômico com justiça social", frisou Nobre. Já Lucineide, disse que um dos principais desafios da conjuntura é a geração de empregos com igualdade de oportunidades.Na parte da tarde, a mesa "Política Industrial" contou com a presença de Otávio Silva Camargo, chefe de gabinete da ABDI, Professor Doutor Antonio Carlos Diegues, da UFSCAR e Lucineide Dantas Varjão.
Após as falas de Camargo e Diegues, que representaram a visão do governo e da acadêmia, Lucineide ficou responsável por trazer a visão de desenvolvimento industrial do movimento sindical e da CUT com desenvolvimento sustentável, redução das disparidades regionais, aumento do emprego formal, fim da rotatividade, inovações tecnológicas, incentivo a pesquisa, ampliar o controle social, sustentabilidade ambiental, incentivo aos investimentos em inovação para a utilização de recursos renováveis para a produção e o fortalecimento de mecanismos democráticos, com a garantia e fortalecer os espaços de tripartites de debate da política industrial.
"As tecnologias também tem que servir para proteger a vida do trabalhador. De nada adianta aumentar a produtividade se continuarmos tendo mortes no local de trabalho", contextualizou Lu, com sua experiência do ramo químico, onde acidentes de trabalho acontecem com bastante frequência.
O dia terminou com um debate sobre projeção de cenários em relação ao desenvolvimento industrial no Brasil. Fique atento ao site da CNQ para ficar por dentro das notícias do Encontro.