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Entidades sindicais defendem geração de empregos em São Paulo

21 de Outubro de 2013

Ramo Químico

CNQ-CUT participa de audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo   Audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da...

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CNQ-CUT participa de audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo

 

Audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico contou com representantes dos trabalhadores, do poder público e dos empresários. Realizada no dia 14, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a atividade discutiu a diversificação e regionalização da indústria química e os desafios de manter investimentos e gerar empregos na cidade de São Paulo e região. Na ocasião, ficou definido a constituição de um grupo de trabalho para indicar propostas de viabilização desse segmento econômico na cidade.
Francisco Chagas, deputado federal (PT) e dirigente do Sindicato dos Químicos de SP, coordenou os debates. Ele apontou como desafios a serem superados pelo setor, a qualificação da mão de obra e a guerra fiscal. Segundo o parlamentar, várias indústrias têm migrado do Estado de São Paulo para outros estados e até para o Paraguai, por conta de benefícios fiscais. “É necessário alinhar uma política para manter indústrias aqui em São Paulo. Como o setor plástico tem alta densidade de mão de obra e baixos custo energético e impacto ambiental, ele pode se concentrar na região metropolitana", pondera Chagas, que apontou a zona leste paulistana como região apropriada para receber novas indústrias do setor.

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 Lucineide Varjão, da CNQ-CUT (segunda), e Osvaldo Bezerra,

do Sindicato dos Químicos de SP (terceiro),

participam da audiência (foto: Marco Antonio)

 

Lucineide Varjão Soares, presidenta da CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico), integrou a mesa de debates e ressalta: “A Confederação defende incentivos ao setor industrial acompanhados necessariamente de contrapartidas sociais. A geração de novas vagas no mercado de trabalho associada à qualificação profissional e à garantia de empregos decentes são alguns pontos a serem discutidos. Se analisarmos a extensão geográfica da cidade de São Paulo, aspectos como mobilidade urbana e qualidade de vida também devem ser considerados. Queremos discutir investimentos, o fluxo da metrópole e suas relações com o mundo do trabalho”.
A alta carga tributária incidente sobre os medicamentos também recebeu críticas dos participantes do debate. Segundo gráfico apresentado, o medicamento para uso humano, tem uma taxa de 33,9%, superando as taxas incidentes sobre refeições, cinema e artigos de joalheria. Em comparação a outros países a discrepância é ainda maior: Reino Unido, Canadá, Colômbia, Suécia, EUA e Venezuela sequer têm incidência de impostos.
Mário Reali, representando a prefeitura paulistana, reforçou que a cidade quer manter o emprego industrial e criar oportunidades. Lembrou que há diariamente deslocamento de milhares de pessoas da periferia para o centro. Na audiência pública ficou determinada a realização de uma reunião para dar continuidade aos debates com a presença de todos os segmentos envolvidos.


Fotos: Marco Antonio Cardelino
Fonte: Agência de Notícias AL SP com informações da Imprensa CNQ-CUT