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FUP cobra ao CA da Petrobrás que não aceite nomeação de Pedro Parente

23 de Maio de 2016

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Na manhã desta segunda-feira (23), a FUP protocolou na Petrobrás Carta Aberta ao Conselho de Administração, solicitando que não referende a nomeação de Pedro Parente para a presidência da empresa.  

O documento já havia sido encaminhado ontem (22) ao presidente do Conselho, Luiz Nelson Guedes de Carvalho.

O objetivo é alertar os membros do CA para os riscos de ter no comando da Petrobrás um gestor que no passado já causou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à companhia e ainda por cima responde a ação por improbidade administrativa.

Veja a íntegra do documento da FUP:

Carta Aberta aos Conselheiros da Petrobrás

DIGAM NÃO À NOMEAÇÃO DE PEDRO PARENTE

A indicação de Pedro Parente para a Presidência da Petrobrás coloca em risco o futuro e a credibilidade da empresa.

Como aceitar na Presidência da Petrobrás alguém que responde na justiça a ação por improbidade administrativa?

Como aceitar na Presidência da Petrobrás alguém que ficou conhecido em todo o Brasil como o “ministro do apagão”, por não ter conseguido gerenciar a crise de energia, submetendo a população a cortes de luz e a contas altíssimas?

Como aceitar na Presidência da Petrobrás alguém  que causou prejuízos à empresa de mais de US$ 1 bilhão?

•  Sob a chancela de Pedro Parente, a Petrobrás teve que assinar contratos de parceria com o setor privado para construção de usinas termoelétricas, se comprometendo a garantir a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro. O valor das usinas equivalia a um terço das chamadas “contribuições de contingência”, que geraram prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás.

• Pedro Parente responde ainda a ações de reparação de danos por improbidade administrativa, que correm na 20° e 21° Varas Federais de Brasília, onde o Ministério Público Federal questiona o socorro financeiro que o Banco Central fez em dezembro de 1994 a dois bancos privados que estavam em processo de falência - Econômico e Bamerindus. Na época, Pedro Parente era Secretário Executivo do Ministério da Fazenda. A ajuda que ele e outros ministros de FHC deram aos banqueiros causou um prejuízo ao Estado de R$ 2,9 bilhões, que corrigidos em valores atuais equivalem a mais de R$ 15 bilhões.

Não é através de gestores com esta trajetória que a Petrobrás vencerá a crise que atravessa. O perfil de Pedro Parente o descredencia por completo a assumir o comando de uma empresa estratégica para o desenvolvimento nacional.

Fazemos um apelo a todos os integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás para que não referendem a nomeação de Pedro Parente.

Direção Colegiada da FUP