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Ramo Químico responde ao desastroso ‘plano fiscal’ do RJ

29 de Outubro de 2025

Política Industrial

Proposta de Cláudio Castro, apresentada sem diálogo com empresas e trabalhadores, ameaça milhares de empregos da indústria

O anúncio do governo do Rio de Janeiro de reduzir incentivos fiscais para empresas, apresentado sem planejamento, diálogo com as categorias nem articulação com o setor produtivo, é um alerta vermelho para os trabalhadores, trabalhadoras e para a indústria regional. A gestão Cláudio Castro justifica a medida como necessária diante de uma suposta “calamidade financeira”.
 
Essa, no entanto, é uma estratégia que mascara incompetência de gestão e põe em risco empregos e o desenvolvimento industrial fluminense.
 
A FETRAQUIM/RJ, presidida pelo companheiro Jorge Pinho, secretário de Comunicação da CNQ, e sindicatos cutistas do Ramo Químico participaram de Audiência Pública na ALERJ, que escancarou os malefícios do fim repentino de isenções tributárias a empresas.
 
O que deveria estar em pauta?
  • Uma política industrial estruturada que gere empregos, renda e inovação, atrelada à transição energética justa para propiciar um novo ciclo de desenvolvimento no estado;
  • Negociação real com empresas e sindicatos para evitar um “apagão industrial” e cortes que recaiam sobre as trabalhadoras e os trabalhadores.
 
A realidade, porém, passa por planos catastróficos de indústrias instaladas no estado, em reação à proposta do desgoverno Castro.
 
Jorge Pinho aponta, por exemplo, que uma empresa com 300 trabalhadores/as da base do SindQuimSulF já prepara o fechamento de um setor que emprega 80 pessoas na planta. Tais atividades passariam a ser desenvolvidas no Espírito Santo.
 
A CNQ defende que governos que não dialogam e agem sem estratégia concreta criam problemas maiores do que os que dizem resolver. Quando bem desenhada, a política de incentivos fiscais gera investimento, tecnologia, empregos estáveis, mas é preciso que haja participação social e foco no desenvolvimento coletivo.
 
Programas de isenção tributária não precisam ser permanentes e devem estar associados a contrapartidas. Mas usar deles para justificar ineficiência na gestão pública é inaceitável.
 
“Do jeito que está sendo feito, os empregos vão embora. Não existe nenhuma política para desenvolver o parque industrial. Estamos em processo de degradação”, alerta o companheiro Aurélio Antônio de Medeiros, presidente do TRAQUIMFAR.
 
Também participou da audiência, no dia 24 de outubro, o companheiro Luciano Silva, dirigente dos Vidreiros do Rio de Janeiro e secretário da Regional Sudeste II da CNQ.