Governo acaba com PPI e combustíveis ficam mais baratos
16 de Maio de 2023
Petrobras
Pauta de luta do Ramo Químico da CUT, o fim da política de Temer e Bolsonaro desvincula os preços da estatal das variações do dólar e do mercado global
[Com informações da FUP]
A Petrobras voltou a existir a serviço das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros!
Quase sete anos após a implantação do nefasto Preço de Paridade de Importação (PPI), a maior estatal do País anunciou sua nova política de preços, que deixa de se subordinar exclusivamente ao dólar e o mercado global, já que produz a maior parte dos combustíveis utilizados internamente.
O anúncio foi oficializado pelo Governo Lula nesta terça-feira (16.05) e, já a partir de quarta-feira (17.05), resultará na redução substancial dos preços dos combustíveis nas refinarias.
O litro da gasolina cairá de R$ 3,18 para R$ 2,78; do diesel, de R$ 3,46 para R$ 3,02. Já o valor do gás de cozinha será reduzido de R$ 3,2256 para R$ 2,5356 por quilo.
“Todo o Ramo Químico da CUT, a FUP e os sindicatos de petroleiras e petroleiros afiliados defenderam o preço abrasileirado durante todos os últimos anos, desde o primeiro ano do golpe, passando por todos os anos do desgoverno Bolsonaro. Por meio de estudos, dados e embasamento, mostramos que era possível não tornar o nosso povo refém do PPI. A mudança do governo seguida da mudança na gestão da Petrobras demonstra que sempre estivemos certos e quem ganha é o Brasil”, comemora a companheira Bete Sacramento, Secretária do Setorial Petróleo da CNQ.
O Presidente da Confederação, Geralcino Teixeira, afirma que uma cadeia de efeitos positivos, para a economia e o desenvolvimento, será observada a partir do cumprimento do compromisso de Lula firmado durante a campanha eleitoral. "Durante os últimos anos, apenas os acionistas internacionais foram beneficiados".
Coordenador-Geral da FUP, o companheiro Deybid Bacelar ressalta que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo. “A Petrobrás tem grande parque de refino e utiliza majoritariamente petróleo nacional que ela mesma produz. Assim, com a nova política, reduz-se também a volatilidade de preços ao consumidor”.
Efeitos do PPI
Durante a vigência do PPI, de 15 de outubro de 2016 até hoje, 16 de maio, o preço do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (GLP), na refinaria (produto mais demandado pela população de baixa renda), variou 223,8%, registrando 34 altas e 14 baixas. Enquanto isso, o barril do petróleo (em R$) subiu 61,9% no período e a inflação medida pelo IPCA/IBGE acumulou 36,6%. No mesmo período, a gasolina variou 112,7%, e o diesel, 121,5%, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em dados da Petrobras.
Antes da existência do PPI, entre janeiro de 2003 e 14 de outubro de 2016, o preço do GLP acumulou alta de 15,5%, com dois reajustes em treze anos – período no qual o barril do petróleo no mercado internacional, também convertido em Reais (R$), variou 95,2%.
“O gás de cozinha, para o consumidor, custava em média R$ 55,35 no Brasil, um dia antes da implantação do PPI, em outubro de 2016. O litro da gasolina era vendido a R$ 3,65. O diesel custava R$ 3,00”, lembra Deyvid Bacelar. Hoje, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás está em R$ 108,13, a gasolina em R$ 5,52 e o diesel em R$ 5,65.