Grito dos Excluídos deste ano denuncia volta da miséria e legião de desempregados
06 de Setembro de 2017
Brasil
Atos acontecem neste 7 de setembro em diversas cidades do Brasil, com a participação da CUT e movimentos sociais
A 23ª edição do Grito dos Excluídos deste ano traz como lema "Por Direito e Democracia, a Luta é Todo Dia" e aborda a realidade de um Brasil em crise, com desemprego, retirada de direitos trabalhistas e que em breve enfrentará a votação da reforma da Previdência, proposta que ameaça a aposentadoria de milhões de brasileiros.
A atividade ocorre em todo o Brasil. Em São Paulo, haverá o tradicional ato organizado pela Central de Movimentos Populares (CMP), com apoio de entidades como a CUT São Paulo. A concentração terá início às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, ponto inicial da Avenida Paulista. A manifestação seguirá pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio em direção ao Monumento às Bandeiras, ao lado do Parque do Ibirapuera.
Coordenador da CMP em São Paulo, Raimundo Bonfim explica que neste ano a atividade evidenciará o desmonte dos direitos, bem como alertará a população sobre os parlamentares que traíram o povo brasileiro, ao apoiarem a reforma trabalhista e o arquivamento das denúncias contra Michel Temer (PMDB).
“Nos últimos anos dos governos de Lula e de Dilma, superamos o desemprego, a exclusão social e a miséria. Mas, o Brasil de hoje não é mais o mesmo. Tínhamos saído do Mapa da Fome da ONU e voltamos neste triste cenário, num país de desemprego onde se agravam as desigualdades sociais”, afirma.
O secretário de Mobilização da CUT São Paulo, João Batista Gomes, reforça o que está em jogo a partir da permanência do presidente ilegítimo no poder. “Vamos intensificar a nossa luta, ainda mais em um cenário em que Temer anuncia privatizações de várias estatais. Nossas riquezas estão em jogo no Brasil e para completar esse desastre, Alckmin e Doria, ambos do PSBD, aplicam a mesma política no estado e na cidade de São Paulo, anunciando as privatizações dos espaços públicos. Estamos nas ruas para dizer que exigimos o respeito à nossa soberania”, aponta o dirigente.
Com informações da CUT