Lula Presidente: alma lavada e mobilização permanente
01 de Novembro de 2022
Brasil
Eleito reitera compromisso de governar para todas e todos; um novo pacto por trabalho, renda e direitos é desafio para o movimento sindical
“A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros”, afirmou Lula, em São Paulo, em seu primeiro discurso após ser eleito presidente do Brasil, neste domingo (30/10), com mais de 60 milhões de votos - maior número já alcançado por um candidato na história do país.
“Somos um único país, um único povo, uma grande nação”, completou Lula, que pregou a união dos brasileiros: “É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos. (…) Este país precisa de paz e de união”.
Antes de ler o discurso preparado para este “30 de outubro histórico”, Lula agradeceu a Deus e “a cada companheiro e cada companheira que tiveram um papel importante na campanha, sobretudo as pessoas que vieram no segundo turno”.
Logo no início de seu discurso, proferido ao lado de lideranças que representam a grande frente democrática que se uniu em torno da chapa Lula-Alckmin, afirmou que as eleições têm “um único e grande vencedor: o povo brasileiro”.
“Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”, pontuou Lula.
Liderança
Em suas redes socias, o presidente da CNQ-CUT, companheiro Geralcino Teixeira, comemorou a vitória histórica. "Obrigado, Lula. Sem sua liderança, jamais derrotaríamos o fascismo com sua máquina de mentiras e aparelhado na máquina do Estado Brasileiro".
O dirigente destacou a manutenção da vantagem eleitoral do PT no Nordeste do Brasil e a recuperação em regiões decisivas para o resultado das urnas, com ênfase no estado de Minas Gerais e na Região Metropolitana de São Paulo.
Ao todo, o projeto democrático de resistência a Jair Bolsonaro ampliou em 9,3 milhões o número de votos, na comparação com o pleito de 2018.
Conjuntura e a Luta d@s Trabalhador@s
Geralcino Teixeira aponta que, passada a justa euforia das comemorações, a classe trabalhadora e o movimento sindical não podem se desmobilizar para oferecer a sustentação necessária para a governabilidade de Lula e, concomitantemente, influenciar, em uma conjuntura de coalizão em prol de um dos eixos da carta programática do presidente eleito.
Então candidato, Lula defendeu a construção de uma Nova Legislação Trabalhista, que assegure direitos mínimos, trabalhistas e previdenciários, além de salários dignos, propiciando, competitividade e investimentos das empresas.
"É ilusório pensar em um 'revogaço' de todas as maldades contra os trabalhadores aprovadas depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, mas temos o papel de propor um novo modelo diverso do espírito do cada um por si, que viabilize a atuação das organizações sindicais e que contemple novas formas de trabalho já consolidadas", avalia o presidente da CNQ.
Reindustrialização
Divulgada no dia 27 de outubro, a "Carta para o Brasil do Amanhã" apontou como outro pilar do novo Governo Lula o processo de Reindustrialização do País, com destaque para setores do Ramo Químico considerados estratégicos para a retomada do desenvolvimento e para o fortalecimento da soberania nacional. Leia mais