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Luta por direitos e reivindicação pela liberdade de Lula marcam o 1º de Maio

01 de Maio de 2018

Brasil

A CNQ-CUT participou do ato unificado das sete centrais sindicais e diferentes movimentos populares em defesa de #LulaLivre em Curitiba

Em todas as regiões do Brasil, foram realizados atos unificados das centrais sindicais. Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, entre outras cidades, protestaram contra a reforma trabalhista do governo golpista do Michel Temer e pela liberdade do ex-presidente Lula. Atos pró-Lula aconteceram também na Argentina, Chile, Venezuela, El Salvador e Colômbia.

A luta em defesa da liberdade imediata do ex-presidente Lula, mantido há 25 dias como preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, unificou a classe trabalhadora brasileira. E a maior expressão dessa unidade foi vivida na tarde desta terça-feira, no ato unificado de 1º de Maio, realizado na Praça Santos Andrade, região central de Curitiba, onde mais de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras se aglomeraram para pedir a liberdade de Lula. Várias lideranças do Ramo Químico da CUT participaram da atividade.

“É um dia histórico”, repetiam as lideranças sindicais e políticas que se revezavam no microfone durante o dia todo, ressaltando que na praça havia pessoas vindas dos mais diversos cantos do Brasil, além da participação de lideranças e trabalhadores do mundo todo.

A liberdade de Lula e a retomada dos direitos da classe trabalhadora, que foram roubados pelo atual governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), são bandeiras de luta que unificam todos os trabalhadores e trabalhadoras de Norte a Sul, Leste a Oeste e Nordeste do país, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Ele também afirmou que a participação de Lula nas eleições presidenciais deste ano seria uma questão democrática e associou o caso à recuperação política e econômica do país.

“Se quisermos a possibilidade de desenvolvimento, de retomada do crescimento da economia, de fortalecimento de direitos, a única via é a democrática. Sem ele nas eleições, o caminho será o fascismo, a intolerância e o agravamento da situação do país”, argumentou. 

Antes do ato político, o público conferiu shows de artistas nacionais, com destaque para a sambista Beth Carvalho. Entre as canções, ela puxou o coro “Lula Livre” e “Fora, Temer”. Também se apresentaram os cantores Flávio Renegado, Maria Gadú e Ana Cañas.

Pela manhã, a capital paranaense foi palco de uma marcha popular que terminou nas imediações do prédio onde Lula está preso, além, de um ato ecumênico.

Em São Paulo, ato é marcado por lutas em defesa de Lula e das vítimas do incêndio

A atividade, realizada na Praça da República, no centro da capital paulista, foi mantida em solidariedade às 400 vítimas do incêndio ocorrido na madrugada desta terça-feira, bem como ao ex-presidente Lula, preso político desde o dia 7 de abril.

Durante o ato, que reuniu 10 mil pessoas, um minuto de silêncio foi feito. Logo depois, o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, cobrou a apuração do incêndio e apontou para as responsabilidades do poder público pelo desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. 

"Num momento tão difícil, num Brasil onde o déficit de moradia é de seis milhões, sendo um milhão apenas em São Paulo, é um absurdo ver representantes do poder público culparem as vítimas e criminalizarem o movimentos que lutam por moradia digna”, afirmou o dirigente, ao fazer referência ao atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e ao governador Márcio França (PSB). 

Assim como Izzo, a representante da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Natalia Szermeta, também lembrou das 150 famílias que foram afetadas pelo incêndio. 

“Gostaria de falar para o prefeito e para o governador de São Paulo que a responsabilidade por essa tragédia é deles. As famílias não ocupam porque gostam, elas ocupam porque precisam. Quem ocupa não tem culpa. Convidamos a todos que se indignaram com isso, que se juntem aos movimentos por moradia, porque o governo (de Michel) Temer está tirando dinheiro da moradia popular”, ressaltou. 

Coordenador nacional e estadual da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Sidney Pita, disse que o movimento promete ampliar as mobilizações. “O prédio desabou pela falta de responsabilidade do governo federal. Exigimos que o caso seja investigado e o número real de vítimas seja apresentado. Nos manteremos mobilizados até que as investigações sejam feitas”, cobrou.

Com informações do Brasil de Fato, CUT Nacional e CUT-SP