Mineração: Projeto IndustriAll e SASK constrói pauta para agenda tripartite

Dirigentes do Setorial da Mineração avançaram, nos últimos dias 24 e 25 de abril, em novas etapas para a construção de uma pauta das trabalhadoras e dos trabalhadores que será apresentada em mesas tripartites, junto ao Governo Federal e empresas, em agendas em Brasília no mês de agosto.

O documento será resultado de uma das frentes do projeto da IndustriAll Global Union e da IndustriAll Brasil, viabilizado pela parceria com a SASK (Finlândia), e que conta com o apoio do DIEESE.

Empenhadas nesta tarefa, até o fim da tarde de hoje (25.04), estiveram reunidas em São Paulo, na sede da FEQUIMFAR, lideranças sindicais de entidades filiadas à CNQ/CUT e à CNTQ/Força Sindical, em mais um encontro do Seminário Setorial Mineração “Política Industrial e Transição Justa na construção de políticas públicas”.

Dirigentes da confederação cutista, as companheiras Suzana Teixeira (Regional Norte) e Kelli Silva (Secretaria Meio Ambiente) participaram da atividade, que, em sua abertura oficial, contou com as falas da vice-presidenta da IndustriAll para a América Latina e Caribe, Lucineide Varjão, e do companheiro Edson Bicalho, membro do Comitê Executivo da entidade.

A iniciativa envolve ainda outros setores da indústria, que também trabalham para o desenvolvimento de pautas que serão apresentadas ao Ministério da Indústria e, de acordo com suas peculiaridades, a outras pastas afins da União, informa o assessor do projeto Josenildo Melo.

Pelo Ramo Químico da CUT, participaram desta etapa do percurso formativo representantes da FITEM, do Sindiplast/AM, do Sindimina/RJ, do Sindimina/SE, do Sindimina Jacobina/AM, do Sindimina Porteirinha/MG, do Sindimina Paracatu/MG, do Metabase Mariana/MG e do Sintiebem Presidente Figueiredo/AM.

Debates

O Seminário contou com explanações sobre o panorama da indústria da mineração no Brasil, debates sobre transição energética e soberania nacional, saúde e aposentadoria especial.

Entre os pontos discutidos entre os dirigentes, estão o avanço da China sobre minas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, e os riscos de violação de direitos, já constatadas em empreitadas de empresas do gigante asiático em outros ramos da indústria, como na construção da fábrica de veículos híbridos na Bahia.