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Movimentos sociais fazem ato na Paulista em defesa da empresa e da cadeia produtiva nacional

28 de Maio de 2014

Brasil

Ao atacar a Petrobrás, oposição joga contra a necessária expansão da indústria brasileira Assim como os bancos públicos – Banco do Brasil e...

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Ao atacar a Petrobrás, oposição joga contra a necessária expansão da indústria brasileira

Assim como os bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa à frente – tiveram importante papel para o País enfrentar a crise econômica internacional que eclodiu em 2008, a Petrobrás tem de entrar em cena mais firmemente para alavancar o parque industrial que, neste momento, enfrenta dificuldades para ampliar sua produção.

“Mas a irresponsabilidade dessa direita hipócrita pode não só retardar esse movimento, como inviabilizar a empresa”, atacou Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, dando o tom da manifestação realizada no final da manhã desta terça-feira, diante do prédio da Petrobrás localizado na Avenida Paulista, São Paulo.

A manifestação tinha por objetivo reforçar o posicionamento da CUT e dos movimentos sociais contra a tentativa da oposição de desgastar a empresa por intermédio de encenação política via CPI. “Há mecanismos de fiscalização e punição, se necessário, como a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal. Mas querer uma CPI é pura manobra motivada pelo calendário eleitoral”, completou Vagner.

Mas o presidente da CUT também criticou a direção da empresa por não estar inteiramente dedicada a consumir produtos de conteúdo local, em referência a recente abertura de licitação para compra de uma plataforma em Cingapura. "A Petrobrás tem de priorizar a geração de empregos para brasileiros", disse.

A manifestação reuniu aproximadamente 500 representantes de sindicatos de diferentes categorias – e não somente petroleiros – filiados a CUT, CTB e CGTB, do MST, movimento estudantil e MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens).

“A Petrobrás, através de suas compras, movimenta uma cadeia extensa do setor industrial, desde o ramo químico, a metalurgia, a construção civil, enfim, toda a cadeia. Portanto, este ato aqui na Paulista é um ato pela Petrobrás, mas é também um ato em defesa da produção nacional”, comentou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.

Próximo ao local da manifestação, na mesma avenida, a CUT havia debatido ao longo da manhã, em seu Encontro do Macrossetor Indústria, propostas dos trabalhadores para aperfeiçoar a produção industrial brasileira e assim manter e criar empregos de qualidade. O encontro foi reiniciado à tarde.

O coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros) João Antonio de Moraes, em seu discurso, lembrou que essa luta política data de antes mesmo da perfuração do primeiro poço de petróleo no Brasil, em 1938. “E notem que os setores que tentam inviabilizar o desenvolvimento do setor energético são sempre os mesmos, apenas com diferença de nomenclatura em função das épocas. Mas estão sempre lá a imprensa monopolizada e setores oligárquicos que acreditam ser melhor remeter lucros ao exterior”.

O ato político também teve apresentação musical do trio de forro Agrestino.

Mulheres do ramo químico

Coletivo de Mulheres da CNQ em Defesa da Petrobras

As companheiras presentes à Reunião do Coletivo de Mulheres da CNQ, que aconteceu dias 26 e 27 em São Paulo, participaram organizadamente do ato em defesa da Petrobras junto aos companheiros da CNQ.

Fonte: Isaías Dale (Portal CUT) - Fotos Alex Capuano (SECOM- CUT)