Mulheres petroleiras discutem condição social e violência contra a mulher

Em Curitiba, neste fim de semana de 7, 8 e 9 de abril, aconteceu o quinto encontro nacional das mulheres petroleiras com a intenção de discutir e ampliar a consciência acerca da condição social da mulher com foco na realidade da mulher petroleira.

Paula Cozero, da Marcha Mundial das Mulheres chama atenção para o perigo da utilização dos argumentos biologizantes construídos historicamente pelo patriarcado que separa e hierarquiza os espaços ocupados pela mulher. "Num momento onde uma onda conservadora atinge fortemente o mundo e principalmente as mulheres, um movimento como este, o das mulheres petroleiras, torna-se importante para que outras mulheres se reconheçam nele."

Maria Isabel Corrêa, da União Brasileira de Mulheres, apresentou um panorama histórico dos avanços e conquistas das mulheres  e analisa a violência contra a mulher a partir da perspectiva de gênero. "A nossa organização vale pelas questões políticas e sociais que levantamos, devemos pautar lutas coletivas, criar uma nova ordem da sociedade e trazer os homens para esse espaço."

Mariana Passos, do Levante da Juventude destacou a importância de promover o acesso à informação com o debate que empodera e faz com que a mulher protagonize histórias e continue na luta. "Devemos seguir com base no tripé: organizar, resistir e acreditar."

O encontro de mulheres ainda teve palestras acerca do conservadorismo nos espaços de poder. Rosangela Maria, coordenadora do Coletivo de Mulheres Petroleiras vê o momento como extremamente proveitoso e de grande aproveitamento para as companheiras que participam vendo o impacto e o ganho do conhecimento que está sendo adquirido nesta troca e assim fazendo com que se abram novas perspectivas de empoderamento.

O ramo químico da CUT esteve representado pela Secretária da Mulher Trabalhadora da CNQ-CUT, Lucimar Rodrigues. "As mulheres petroleiras estão de parabéns pela atividade! Estamos todas juntas, firmes na luta!", comentou Lucimar, ao fim da atividade.

A presidenta da CNQ, Lucineide Varjão, mesmo em viagem de retorno do Japão, ao ver a foto do encontro, chegou a se emocionar: "Essa imagem me leva a tantas reflexões! Quando eu ouvia dizer que não tinha mulheres no setor petroleiro, conclusão: além de existir, estão organizadas para lutar! Esse é o processo de construção!".

COm informações da FUP